PF prende 15 acusados de enviar ouro e dinheiro ilegalmente ao Uruguai
Entre as 15 pessoas estão dois doleiros presos em São Paulo --os outros 13 suspeitos foram detidos no Rio Grande do Sul. Os nomes não serão divulgados por enquanto para não prejudicar o cumprimento de outros mandados de prisão.
Segundo a PF, que atua por meio do Nufin (Núcleo de Repressão a Crimes Financeiros), 140 policiais cumprem ainda 23 mandados de busca e apreensão, sendo 11 em Porto Alegre, dois em Canoas, um em Sapucaia, cinco em Pelotas (RS) e quatro em São Paulo.
A investigação começou em março de 2006 e descobriu que empresas gaúchas atuavam como instituição financeira sem autorização do Banco Central, captando clientes com recursos disponíveis para investimento, especialmente instituições religiosas e de ensino, que eram persuadidas a adquirir ouro e aplicá-lo mediante contrato similar a uma conta poupança. Em determinado momento os investigados apropriaram-se dos recursos aplicados pelos clientes.
A organização criminosa também enviava ilegalmente ouro e moeda (nacional e estrangeira) do Brasil para o Uruguai com o objetivo de liquidar operações de câmbio ilegais realizadas por doleiros de diversos Estados brasileiros, com o apoio de agentes financeiros do país vizinho.
De acordo com a polícia, além do prejuízo já causado às instituições religiosas e de ensino, o esquema que supera os R$ 40 milhões também permitia que a organização lavasse dinheiro obtido com a prática de outros crimes. Os valores remetidos ilegalmente ao exterior giravam em torno de US$ 800 mil mensais.
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