Pátio cobra mais investimentos no Araguaia

O deputado José Carlos do Pátio (PMDB) voltou a cobrar hoje (13), da Tribuna da Assembléia Legislativa, do governador Blairo Maggi (PR) investimentos dos recursos arrecadados pelo Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) na pavimentação asfáltica dos municípios da Região Araguaia.

De acordo com o parlamentar, quando o secretário de Infra-estrutura, Vilceu Marcheti, apresentou o Programa de Aceleração de Crescimento não o discutiu com a classe política e a sociedade mato-grossense.

“O governo está executando políticas de investimentos sem a participação da sociedade e do setor político. Por isso, a decisão de investir tem sido unilateral. Quando os resultados não são satisfatórios, os trabalhadores cobram dos deputados”, observou Pátio.

O parlamentar disse ainda que em algumas cidades do Araguaia como Confresa, Porto Alegre do Norte, Serra Nova Dourada e Santa Terezinha, que têm suas economias baseada na pecuária de corte, não recebem investimentos do governo dos recursos do Fethab.

Para o peemedebista, Mato Grosso é dividido em dois Estados. De um lado estão os municípios com os maiores Indicadores de Desenvolvimento Humano e do outro lado os que possuem IDH abaixo da média nacional. “Em Canabrava do Norte 80% da população não tem saneamento básico”, afirmou Pátio.

Na mesma linha de críticas ao governo estadual, o deputado Carlos Avalone (PSDB) sugeriu à Mesa Diretora a criação de um Conselho formado por deputados e pela sociedade, para discutir e formatar propostas de investimentos com recursos do Fethab em todo o Estado.

“A Região do Araguaia precisa de um planejamento estratégico de desenvolvimento, o mais rápido possível. Em Mato Grosso do Sul, o governo federal está investindo na construção de 41 usinas de álcool, que vai gerar mais de 100 mil empregos. Por que o governador Maggi não incentiva a industrialização do produto nessa região? Questionou Avalone.

Pátio disse ainda que em Porto Alegre do Norte há duas usinas de biodiesel, mas as mesmas funcionam apenas dois meses por ano. “Lá não tem política de governo para o setor pecuarista. Por que não se investe em agricultura familiar?

O parlamentar afirmou ainda que as estradas feitas em Mato Grosso são as de consórcios – parcerias entre o governo e agricultores. Por isso, não há, segundo Pátio, de o governo investir em estradas na região. “Em Confresa, por exemplo, tem seis mil assentados, e lá não tem asfalto”, destacou Pátio.

Para o deputado José Domingos Fraga (DEM), o governo deveria distribuir de forma mais justa os recursos públicos às regiões consideradas economicamente pobres do Estado.