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Politica Brasil
Quarta - 13 de Junho de 2007 às 14:44

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O senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) sugeriu nesta quarta-feira ao Conselho de Ética do Senado o arquivamento do processo por suposta quebra de decoro parlamentar contra Renan Calheiros (PMDB-AL). Cafeteira é relator da representação apresentada pelo PSOL contra Renan.

O peemedebista é acusado de usar o lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, para pagar a pensão e aluguel da jornalista Mônica Veloso --com quem tem uma filha.

Para Cafeteira, não há provas contra o presidente da Casa. "Há ausência absoluta de provas. Tudo que foi juntado aos autos conduz ao que foi colocado na defesa", diz ele no relatório.

Apesar da sugestão de Cafeteira, parte dos senadores que integra o conselho quer aprofundar as investigações sobre o caso. Esse é o caso do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que defende que o Conselho tome reservadamente o depoimento de Mônica.

Ontem, o presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado (PT-AC), descartou ouvir a jornalista. "A Mônica não deve ser ouvida. Ela não pode responder à representação do PSOL. O que importa agora são os documentos", disse.

Mônica disse em entrevista para a revista "Veja" que os pagamentos eram feitos em dinheiro por Gontijo. Renan afirma que o dinheiro era dele. Gontijo afirmou que fazia os repasses em depósito em conta bancária.

Adiamento

O senador Marconi Perillo (PSDB-GO) já avisou que vai apresentar seu voto em separado e pedir vista --o que adia a votação do relatório. O senador Jefferson Peres (PDT-AM) disse que também pedirá vista.

O PSOL promete recorrer ao Ministério Público e ao STF (Supremo Tribunal Federal) se Cafeteira defender a absolvição de Renan nesta quarta-feira sem ouvir testemunhas do caso.

O partido encaminhou carta ao Conselho na qual afirma ser "indispensável" os depoimentos da jornalista, do lobista e do dono da empresa Gautama, Zuleido Veras --entre outras testemunhas do caso.

"Se for apresentado o relatório, há sinais claros da falta de real interesse de apurar os fatos denunciados. O PSOL continuará lutando pela investigação desse fato. Não se trata de condenação ou pré-julgamento, mas não podemos aceitar a absolvição por antecipação. Esperamos que o Conselho de Ética se posicione pela real investigação do fato, o que significa ouvir todas as testemunhas que envolvem a denúncia", disse o senador José Nery (PSOL-PA).





Fonte: Folha Online

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