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Politica Brasil
Segunda - 11 de Junho de 2007 às 07:28
Por: Edilson Almeida

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O Partido Progressista caminha para se afastar do Governo Blairo Maggi. A exemplo do que fez o PMDB – que, todavia, não conseguiu o intento por completo e continua participando do Governo. A discórdia entre PP e Governo tem nome, sobrenome e também secretaria: o nome é deputado Saguas, o sobrenome Moraes, e, conseqüentemente, a secretaria a de Educação. E tem motivo: os deputados pepistas na Assembléia Legislativa, Maksuês Leite, Ailton Rondina, e Campos Neto, e os deputados federais Eliene Lima e Pedro Henry não conseguiram “emplacar” até o momento um nome de seus avalizados político para ocupar cargo no Governo.

A queixa contra Saguas é grande. Maksuês, um dos porta-vozes do PP, lembra que o deputado deixou a Assembléia Legislativa com grande apoio parlamentar para ocupar o cargo. A bancada do PP apontou um nome para o cargo de Gerente de Patrimônio da Secretaria de Educação. Passados um mês, a solicitação parece estar longe de ser atendida. “Ele está cometendo o mesmo “pecado” da ex-secretaria Ana Carla Muniz” – lembrou o político. Um dos parlamentares insatisfeitos com a atitude de Saguas foi mais longe: ele revelou que sequer o secretario Saguas teria dado a resposta aos deputados sobre a indicação.

Saguas não chega a ser uma unanimidade entre os demais integrantes do primeiro escalão do Governo Maggi. É uma espécie de “estranho no ninho”. Ocupante da cota-parte do PT no Governo, o deputado sempre atuou numa linha mais “light”, sem aqueles ataques e roupantes que marcaram a oposição. Por isso mesmo, dentro do PT, é considerado um “direitão”. Com a posição da bancada na AL, corre o risco de ficar isolado. Maksuês Leite disse que a bancada do PP vai esperar ate na próxima quinta-feira para ver se o secretario Saguas se pronuncia sobre a indicação.

Maksuês aproveitou para descaracterizar notas e notícas veiculadas por segmentos da imprensa acerca de desentendimentos políticos entre ele e o senador Jayme Campos (DEM). Rumores dão conta do clima de animosidade pautado pela disputa de forças entre a nova liderança e o tradicional grupo político do município centrado na figura de Jayme Campos. “Alguns setores da imprensa, não todos, estão praticando jornalismo marrom. O que estão falando é um equívoco, é crime. Quero aqui reforçar a amizade que existe entre eu e Jaime Campos. Esses comentários são pura maldade” – declarou.

Embora tenha procurado afastar o rótulo de candidato nos últimos dias, o deputado acabou manifestando que as notas publicadas na imprensa têm como foco “minar” o projeto político na Cidade Industrial. “Faltando um ano e meio (para as eleições), isso só pode ser para querer forçar as coisas, para prejudicar mesmo. É fofoca, intriga para dar mais audiência, mais acesso aos sites e vender mais jornal”, critica Maksuês Leite.

O pronunciamento sobre o quadro sucessório em Várzea Grande dominou as falas do apresentador na edição do “Comando Geral”, programa diário ancorado por Leite. A cada bloco do programa, o comunicador e deputado intercalava as chamadas de notícias em geral com uma pincelada de farpas à imprensa. Curiosamente, o nome do atual prefeito, Murilo Domingos (PR), não foi citado em nenhum momento por Maksuês como possível rival nas urnas. Murilo já foi declarado candidato oficial à reeleição, desta vez pelo Partido da República. O projeto é respaldado pelo apoio pessoal do presidente da legenda no Estado, governador Blairo Maggi.





Fonte: 24 Horas News

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