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Compadre de Lula não temia ser rastreado pelo PF
Um gravação feita pela Polícia Federal mostra que Dario Morelli Filho, 51, preso na Operação Xeque-Mate, que investiga a exploração de caça-níqueis, não temia ser rastreado em ligações telefônicas. Morelli é filiado ao PT e compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No inquérito, constam 617 grampos telefônicos. Morelli Filho, filiado ao PT, aparece em, pelo menos, 42 gravações. Na maioria delas, negocia com o ex-deputado Nilton Cézar Servo, também preso pela PF, o funcionamento de um bingo em Ilhabela, litoral norte de São Paulo.
Em um diálogo gravado em 11 de abril deste ano, Servo demonstra apreensão com a possibilidade de estar sendo grampeado pela PF. Morelli Filho sugere que o sócio cancele todos os telefones que possui e diz que, se for o caso, compre um telefone em seu nome.
Na seqüência, o petista diz "se rastrear o meu nome, quando cair nas coisas lá e ver o meu nome, o cara já pensa duas vezes em fazer qualquer coisa". Na avaliação da Polícia Federal, por ser membro do PT e em razão de seus contatos políticos, Morelli acreditaria estar imune às investigações.
Segurança
O presidente Lula é padrinho do filho de Dario Morelli Filho. A relação dos dois começou quando Morelli fazia a segurança de Lula na época em que o presidente era dirigente partidário. O servidor também chegou a fazer a segurança do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu.
Filiado ao diretório municipal do PT de São Bernardo, Morelli Filho ocupou até 5 de junho deste ano o cargo de assessor da Companhia de Saneamento de Diadema, na região do Grande ABC, com um salário pouco superior a R$ 4 mil. Ele foi afastado após ter sido preso.
Segundo a PF, Morelli Filho era sócio de Servo em casas de jogos do litoral paulista. O petista foi preso e indiciado por corrupção ativa e formação de quadrilha.
Em um dos diálogos de 4 de maio, Dario Morelli Filho conversa com um policial civil identificado apenas como "Rubinho" que o informa que a PF está indo para Ilhabela fiscalizar estabeleciamentos comerciais que estão instaladas máquins caça-níqueis.
Em outra gravação feita no mesmo dia, o petista conversa com um delegado da Polícia Civil em São Paulo chamado de "Marcelo". No diálogo, ele cita um policial federal identificado apenas por "Douglas", que teria passado um fax para "Marcelo".
Outro lado
O advogado Eldes Rodrigues, que representa Servo, minimizou a importância das conversas telefônicas com Morelli.
"Uma conversa na intimidade não dá para avaliar. O fato de o Dario ser próximo do presidente Lula não o afasta de qualquer investigação porque qualquer brasileiro corre o mesmo risco de quem foge da lei. Mas essa conversa foi um bate papo, não tem valor isso aí. É uma conversa de intimidade que não tem valor", afirmou o advogado.
Rodrigues disse que protocola neste sábado (9) mandado de segurança na Justiça Federal de Campo Grande pedindo a possibilidade de visitar Servo, que foi transferido da carceragem da PF no Mato Grosso do Sul, para uma penitenciária federal próxima.
A reportagem do G1 entrou em contato com familiares de Morelli Filho, mas não obteve resposta.
No inquérito, constam 617 grampos telefônicos. Morelli Filho, filiado ao PT, aparece em, pelo menos, 42 gravações. Na maioria delas, negocia com o ex-deputado Nilton Cézar Servo, também preso pela PF, o funcionamento de um bingo em Ilhabela, litoral norte de São Paulo.
Em um diálogo gravado em 11 de abril deste ano, Servo demonstra apreensão com a possibilidade de estar sendo grampeado pela PF. Morelli Filho sugere que o sócio cancele todos os telefones que possui e diz que, se for o caso, compre um telefone em seu nome.
Na seqüência, o petista diz "se rastrear o meu nome, quando cair nas coisas lá e ver o meu nome, o cara já pensa duas vezes em fazer qualquer coisa". Na avaliação da Polícia Federal, por ser membro do PT e em razão de seus contatos políticos, Morelli acreditaria estar imune às investigações.
Segurança
O presidente Lula é padrinho do filho de Dario Morelli Filho. A relação dos dois começou quando Morelli fazia a segurança de Lula na época em que o presidente era dirigente partidário. O servidor também chegou a fazer a segurança do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu.
Filiado ao diretório municipal do PT de São Bernardo, Morelli Filho ocupou até 5 de junho deste ano o cargo de assessor da Companhia de Saneamento de Diadema, na região do Grande ABC, com um salário pouco superior a R$ 4 mil. Ele foi afastado após ter sido preso.
Segundo a PF, Morelli Filho era sócio de Servo em casas de jogos do litoral paulista. O petista foi preso e indiciado por corrupção ativa e formação de quadrilha.
Em um dos diálogos de 4 de maio, Dario Morelli Filho conversa com um policial civil identificado apenas como "Rubinho" que o informa que a PF está indo para Ilhabela fiscalizar estabeleciamentos comerciais que estão instaladas máquins caça-níqueis.
Em outra gravação feita no mesmo dia, o petista conversa com um delegado da Polícia Civil em São Paulo chamado de "Marcelo". No diálogo, ele cita um policial federal identificado apenas por "Douglas", que teria passado um fax para "Marcelo".
Outro lado
O advogado Eldes Rodrigues, que representa Servo, minimizou a importância das conversas telefônicas com Morelli.
"Uma conversa na intimidade não dá para avaliar. O fato de o Dario ser próximo do presidente Lula não o afasta de qualquer investigação porque qualquer brasileiro corre o mesmo risco de quem foge da lei. Mas essa conversa foi um bate papo, não tem valor isso aí. É uma conversa de intimidade que não tem valor", afirmou o advogado.
Rodrigues disse que protocola neste sábado (9) mandado de segurança na Justiça Federal de Campo Grande pedindo a possibilidade de visitar Servo, que foi transferido da carceragem da PF no Mato Grosso do Sul, para uma penitenciária federal próxima.
A reportagem do G1 entrou em contato com familiares de Morelli Filho, mas não obteve resposta.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/222600/visualizar/
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