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Politica Brasil
Sábado - 09 de Junho de 2007 às 17:43

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A análise inicial do inquérito e das gravações da Polícia Federal que ligariam Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão mais velho do presidente Lula, à máfia dos caça-níqueis foi considerada "evasiva" pelo filho de Vavá, Edison Inácio da Silva. Na tarde deste sábado (9), ele informou que o advogado contratado pela família pretende estabelecer a linha de defesa de seu pai e apresentá-la no domingo (10).

O advogado está em Campo Grande (MS), onde a PF concentra as investigações, e deve chegar no início da noite em São Paulo com os documentos.

"Ele disse que, até agora, os documentos e as gravações são evasivos. Nada disso tem procedência", voltou a afirmar Edison, que, pela manhã, já havia negado ao G1 a relação de seu pai com a máfia dos jogos de azar.

"Meu pai está um pouco angustiado, mas, de maneira geral, tranqüilo. Ainda não conversei com ele hoje (no sábado) sobre essas gravações", contou Edison. Ele disse acreditar que a Justiça não pedirá a prisão preventiva do irmão de Lula, que já havia sido feita e negada na semana passada.

"Não tem motivo. Não há nada que sustente (a prisão). Não existe lobby", afirmou Edison, na porta de sua casa, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Ele mora na mesma rua de Vavá, que foi indiciado pela polícia por tráfico de influência e exploração de prestígio.

Mesmo o presidente Lula tendo ido passar o fim de semana em seu apartamento, em São Bernardo, Edison afirmou que não tem nenhum encontro previsto entre os irmãos. "Nem nós ligamos, nem ele. Meu pai não vai encontrá-lo porque não tem motivo".

Feitos com autorização judicial, os grampos da PF mostrariam que Vavá diz a Nilton Cezar Servo, um dos presos na operação Xeque-Mate – cujo objetivo de desmantelar quadrilhas ligadas aos caça-níqueis -, que pretende acelerar junto ao presidente Lula a legalização dessas máquinas.

Em outro trecho, um homem identificado apenas como Roberto, possível interlocutor de Lula, diz que o presidente quer um encontro reservado com Vavá em Brasília, onde levaria "uma bronca" por suas constantes idas à capital federal.





Fonte: G1

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