Defensora-geral cria cargo só para elo com AL
De acordo com a denúncia, o parlamentar, por meio do programa televisivo "O Repórter do Povo", convidava os motoristas que tinham sido multados através do sistema eletrônico de fiscalização de trânsito a procurá-lo para que a sua assessoria jurídica pudesse ajuizar gratuitamente mandados de segurança contra o Detran. A tal assessoria jurídica, segundo o MPE, era feita pelo defensor André Prieto, através da Defensoria Pública do Estado. À época,
O cargo de assessor de Assuntos Legislativos foi oficializado por Karol Rotini, que assinou a Portaria 082, com data de segunda-feira, 04 de junho. Uma das principais atribuições do seu novo assessor André Prieto será "acompanhar junto à Assembléia Legislativa os projetos de autoria da Defensoria Pública-Geral" - clique aqui e leia a íntegra da portaria.
Até agora, a Defensoria, que faz parte do Executivo mas que ganhou autonomia administrativa e financeira, não apresentou tantas demandas em termo de projetos ao ponto de destacar espécie de um secretário da Casa Civil para atuar nos bastidores junto aos parlamentares. A maior luta da defensora-geral tem sido no sentido de dobrar o orçamento, de R$ 25 milhões para R$ 50 milhões. Considera esse montante essencial para levar a defensoria a todos os municípios.
Karol tem como principal aliada o deputado licenciado Carlos Brito (PDT), secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública. Mesmo fora da AL, Brito conseguiu arrebanhar entre cinco e seis deputados para adesão à proposta da Defensoria. Os parlamentares Otaviano Pivetta (PDT) e Percival Muniz (PPS), por exemplo, são favoráveis, inclusive, que se reduzam os duodécimos da própria Assembléia e do Tribunal de Contas para contemplar a Defensoria, para quem realiza trabalho mais voltado à defesa da comunidade carente. Os defensores são conhecidos como os "advogados dos pobres".
Dos atuais R$ 25 milhões do orçamento, a Defensoria consome 80% com salário e gratificação de seus defensores. Ainda enfrenta embate jurídico para que o subsídio dos defensores seja equiparado ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal, hoje em R$ 24,5 mil. Argumentam que tratam-se de carreiras jurídicas assemelhadas.
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