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Politica Brasil
Sexta - 08 de Junho de 2007 às 10:32

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O executivo Luiz Antônio Pagot carrega consigo dois grandes desafios para os próximos três anos. Primeiro, quer assumir a direção-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura (Dnit), consolidar em curto espaço tempo obras vitais para Mato Grosso e, em seguida, disputar o governo do Estado. Os planos do afilhado político do governador Blairo Maggi são ambiciosos.

Ex-secretário de Infra-Estrutura, Casa Civil e Educação, Luiz Pagot tem um perfil mais técnico que político e o seu estilo trator encontrará resistência à frente de um órgão dominado hoje pelas empreiteiras. Muitos empresários do setor têm feito lobby para o Senado reprovar Pagot durante a sabatina, que acontece até o final deste mês. No Dnit, o ex-secretário conduzirá um orçamento de R$ 12 bilhões, dos quais R$ 9 bilhões são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A intenção de Pagot é priorizar Mato Grosso. O problema é que, sob pressão, já se comprometeu a viabilizar outras para outros Estados.

Pagot recebeu convite pessoal do presidente Lula para comandar o Dnit, após articulação do governador Maggi. Na conversa, Lula pediu ao ex-secretário que fizesse articulação política junto aos parlamentares para não ter o nome reprovado no Senado. A sabatina é condição indispensável para ocupar cargo importante como o de diretor-geral do Dnit.

Acuado devido a denúncias que deixaram-no preocupado pela repercussão nacional, Pagot saiu em busca de apoio. Bateu à porta do governador de Minas, Aécio Neves (PSDB). Este prometeu empenho junto à bancada tucana, mas aproveitou para "amarrar" tanto com Pagot quanto com o próprio presidente Lula, recursos para viabilizar rodoviais federais no Estado mineiro. Pagot foi atrás de outro tucano, o senador Marconi Perillo (GO), relator do processo que conduzirá a sabatina. De novo, recebeu reivindicação e assegurou, desde já, obras para Goiás.

Agora, o ex-trator do governo Maggi chegará ao Dnit com parte do orçamento comprometido, mas sem perder Mato Grosso de vista. Quer fazer estrago, no sentido de destravar obras importantes para o Estado, como as BRs-163 (Cuiabá-Santarém) e a 158 (Araguaia) para, aos poucos, consolidar sua pré-candidatura ao Palácio Paiaguás, em 2010. Se a gestão foi pífia, enterrará o sonho de ser sucessor de Maggi, condição inédita, já que um mesmo grupo político até hoje não conseguiu se manter no poder estadual por 12 anos de forma ininterrupta.





Fonte: RD News

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