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Politica Brasil
Quarta - 06 de Junho de 2007 às 13:50

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Em meio à pressão de parlamentares da base aliada para a indicação de cargos no segundo escalão do Executivo, o governo federal nomeou hoje o ex-senador Maguito Vilela (PMDB-GO) para a vice-presidência da área de governo do Banco do Brasil. Com 93 deputados, o PMDB reúne a maior bancada da Câmara e é considerado um aliado fundamental para o governo no Legislativo.

Segundo o ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais), as nomeações para estatais do setor elétrico serão efetivadas somente após a posse do novo ministro de Minas e Energia, Marcio Zimmermann.

O comando de estatais do setor, como a Petrobras e a Eletrobrás, é cobiçado pelos partidos da base por reunirem grandes orçamentos. Depois de confirmar a escolha de Zimmermann, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou sua posse.

Lula pretende nomear o novo ministro após retornar de sua viagem à Índia e Europa, depois de 9 de junho. Até lá continua interinamente na função Nelson Hubner, que era secretário-executivo da pasta e conta com apoio do aliados do Palácio do Planalto.

Zimmermann foi indicado pelo grupo do PMDB no Senado, com o aval dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP). O presidente pretende reunir os 20 senadores peemedebistas para uma conversa quando voltar de viagem antes de efetivar Zimmermann no cargo. O presidente está cauteloso com a indicação e quer evitar desgastes para a área --que é uma das que recebe mais investimentos da União.

Bem-humorado, Walfrido disse ainda que não conheceu o novo ministro. "Vocês têm que me apresentar", afirmou.

Zimmermann foi escolhido para o cargo em substituição a Silas Rondeau, que pediu demissão da pasta depois de ser acusado de receber propina da empresa Gautama para facilitar licitações à empresa no governo. O ex-ministro nega.

Mangabeira

Além da nomeação de Zimmermann, permanece em suspense a indicação do filósofo Mangabeira Unger para a Secretaria Especial de Ações de Longo Prazo do governo. Segundo reportagem publicada hoje pela Folha, o presidente Lula poderá rever a indicação do filósofo quando retornar ao Brasil. A posse de Mangabeira está marcada para 13 de junho.

A entrada de Mangabeira no governo passou a ser objeto de rediscussão depois de ele ter entrado na Justiça dos Estados Unidos com um processo contra a Brasil Telecom, empresa cujos principais acionistas são fundos de pensão de empresas estatais. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, teria sido uma entusiasta da indicação de Unger.

Segundo Walfrido, somente o presidente Lula tem poderes para discutir a indicação de membros do governo. "O presidente é que pode responder [se o convite a Mangabeira está mantido]. O presidente tem poder de nomear ministro ou demiti-los. Ele [Mangabeira] em uma história bonita, uma inteligência superior", disse Walfrido.





Fonte: Folha Online

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