Problema ambiental de Cuiabá é a poluição; MT é desmatamento

A poluição urbana e dos rios é apontada como o maior problema ambiental de Cuiabá por 37,8% dos chefes de família que moram na capital. Em segundo lugar estão as queimadas, com 13,2%. Os dados fazem parte do último relatório do projeto “Nossa Casa”, executado pela Vetor Pesquisas junto a 500 chefes de família de Cuiabá. A pesquisa mostra ainda que o desmatamento é considerado o maior problema ambiental de Mato Grosso e também do Brasil, ao passo em que a poluição é tida como a maior questão ambiental em termos mundiais.

Já o efeito estufa é citado como o segundo maior problema na esfera mundial, com 23% de ocorrências. “Esse dado reitera a concepção de que ainda é preciso um olhar mais crítico sobre a questão ambiental, pois o efeito estufa é um fenômeno que começa nas cidades” - pontua a diretora da Vetor Pesquisas, Miriam Braga.

A pesquisa mostra ainda que há uma correlação direta entre a classe socioeconômica e o interesse e a preocupação das pessoas com o ambiente. “Os dados mostram que os chefes de família das classes mais altas tendem a ter uma preocupação e um interesse maior sobre o assunto do que os de classe mais baixa. Essa correlação ocorre também quanto ao grau de informação pessoal sobre o tema”, observa Miriam Braga. Porém, os chefes de família das classes D e E têm o costume de tomar banho com o chuveiro desligado numa proporção maior do que os de classe mais alta, assim demonstram ter mais o hábito de separar latas de alumínio e de plástico.

Quando perguntados sobre que prática ambiental fazem com mais freqüência, 28,6% dos chefes de família citam que jogam “lixo no lixo” – ou seja, evitam jogar detritos e resíduos sólidos em rios, chãos, ruas, terrenos baldios. A pesquisa traz ainda dados sobre atos corriqueiros, como uso de chuveiro elétrico, plantio de árvores, separação de latas de alumínio etc.

A pesquisa “Nossa Casa” foi realizada de 1º a 15 de março com 500 chefes de família que moram em Cuiabá. A margem de erro aproximada é de 5%, com intervalo de confiança estabelecido em 95%. A técnica de pesquisa utilizada foi o survey de opinião, com abordagem domiciliar. O projeto é realizado pela Vetor Pesquisas desde 2000, sendo que a partir de 2003 passou a ser realizada a cada dois anos, pulando os anos de eleição política.