Oposição cobra isenção de Lula na 'Xeque-Mate'
“O que preocupa é que a primeira família esteja sendo investigada. O comentário do presidente defendendo que as investigações prossigam, é o mínimo que se pode esperar de um chefe de governo”, afirmou o líder do Democratas na Câmara, Onyx Lorenzoni (RS).
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) elogiou a atuação da PF. “Na operação da Polícia Federal, não se vê parentes, graduações, nem partidos políticos”, disse o petista, que teve o nome envolvido na Operação Navalha por ter supostamente usado um avião da empresa Gautama, pivô do escândalo de fraude em licitação e desvio de recursos públicos.
Genival Inácio da Silva, morador de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, foi indiciado pela Polícia Federal sob acusação de tráfico de influência no Executivo e exploração de prestígio na Justiça. Na segunda-feira (4), a PF realizou uma ação de busca e apreensão na casa do irmão do presidente como parte da Operação Xeque-Mate, executada em seis estados do país.
O presidente Lula, em Nova Délhi, defendeu a idoneidade do irmão porém cobrou aprofundamento da investigação contra Vavá. “Conheço meu irmão há 61 anos e sou capaz de duvidar que meu irmão tenha algum problema, mas, de qualquer forma, se a PF fez a investigação, está feita a investigação. Isso vale para qualquer um dos 190 milhões de brasileiros", disse Lula na Índia, onde se encontra em visita oficial.
Alguns deputados também demonstraram ceticismo. “Infelizmente este não será o xeque-mate que vai derrotar a disputa que há entre máfias e as instituições públicas. Vão ser necessários outros jogos de xadrez”, disse o líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ).
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