Candidatura de Júlio Campos provoca primeira crise no DEM

A decisão do ex-prefeito, ex-governador, ex-deputado federal e ex-senador e agora conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Júlio Campos, em disputar a prefeitura de Várzea Grande está deixando os postulantes ao cargo na Cidade Industrial em polvorosa. A briga é grande, apesar de ninguém falar abertamente e muito menos sair em ataques a Júlio Campos.

Pré-candidato em Várzea Grande pelo DEM é o que não falta. O deputado estadual Walace Guimarães não esconde o sonho de administrar a Cidade Industrial. Wilson da Grafite e Arilson Arruda também sonham com o direito de disputar a prefeitura pelo partido. O problema é que todos sabem que não basta ser candidato, é preciso antes de tudo ter o apoio do senador Jaime Campos. E este por laços familiares vai apoiar o irmão Júlio Campos.

E é neste ponto que reside a maior intriga e indignação dos outros pré-candidatos. Abertamente ninguém fala, mas nos corredores reclamam que Júlio Campos com cargo vitalício no Tribunal de Contas do Estado deveria é ficar quieto onde está e deixar a disputa para a ala mais jovem do partido. “Ele já fez tudo o que quis. Brigou para ir para o TCE. Deveria deixar a política, deixar Várzea Grande para quem tem mais capacidade de trabalho e disposição para administrar a cidade”, disse um pré-candidato que com medo de represália pediu que seu nome não fosse divulgado.

Já o deputado estadual Wallace Guimarães, muito ligado ao senador Jaime Campos o ideal para evitar crise dentro do partido seria realizar uma pesquisa em Várzea Grande para se definir o candidato do DEM. “Seria mais democrático”, diz não escondendo que para realizar seu sonho de ser prefeito de Várzea Grande poderá até mudar de partido.

Mas o pré-candidato tenta amenizar uma possível crise com a família Campos afirmando que é a favor do debate e que não se sente traído pelo partido caso Júlio Campos seja o escolhido para a disputa.