Lula faz mais que Chávez para mudar o mundo, diz jornal
O texto afirma, porém, que eles “não poderiam ser mais diferentes na maneira como fazem seu trabalho”.
Relatando as recentes trocas de farpas envolvendo as críticas do Congresso brasileiro a Chávez e as respostas do presidente venezuelano, o jornal diz que “apesar dos insultos de Caracas, o Brasil não é um bichinho de estimação dos Estados Unidos”.
“Lula se envolveu com o sistema político internacional ao invés de desafiá-lo”, diz o jornal. “Dessa maneira, ele se portou melhor do que tanto Bush quanto Chávez, ambos, em diferentes maneiras, unilateralistas assumidos”, diz o editorial.
Entrevista
O Guardian também publica em sua capa nesta segunda-feira uma entrevista exclusiva com Lula, na qual o presidente brasileiro rejeita as propostas dos Estados Unidos para negociações sobre o combate ao aquecimento global.
Na entrevista, feita durante a passagem de Lula por Londres antes de seguir viagem à Índia, o presidente brasileiro afirma que os países devem chegar a um acordo sobre a questão nas Nações Unidas e não sob a liderança dos Estados Unidos.
“Em uma rara entrevista com um jornal britânico, Lula disse ao Guardian que o Brasil, um país em rápido desenvolvimento cujo apoio é crítico para um acordo global sobre cortes de emissões, não havia nem mesmo sido informado de que Bush estava contemplando um novo fórum de discussão, antes de o presidente americano fazer seu anúncio, na quinta-feira”, diz a reportagem.
O jornal afirma que Bush vem cultivando Lula como um aliado, visto como uma alternativa ao radicalismo representado por Cuba e Venezuela e que ambos “dividem o entusiasmo pelo potencial dos biocombustíveis”, mas que ambos discordam sobre as políticas climáticas mais gerais.
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