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Politica Brasil
Segunda - 04 de Junho de 2007 às 04:41
Por: Marcos Lemos

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A crise dentro da Segurança Pública em Mato Grosso trouxe de volta a possibilidade do governador Blairo Maggi (PR) desmembrar a Secretaria de Justiça e Segurança Pública em duas pastas distintas, separando os problemas relativos ao sistema prisional daqueles de segurança preventiva. A idéia chegou a ser avaliada no final do ano passado, mas temendo pelo enfraquecimento da pasta e da posição política, o então deputado estadual em fim de mandato e escolhido para conduzir a mesma, Carlos Brito convenceu o staff governamental a não implantar as mudanças.

Agora, com a crise batendo às portas do Palácio Paiaguás e promovendo uma situação desconfortável ao chefe do Poder Executivo que decidiu literalmente vestir a camisa da segurança pública, a possibilidade do desmembramento se tornou mais real. "Acho que seria uma solução importante neste momento para o Governo do Estado", disse um próximo assessor do governador Blairo Maggi.

Inclusive existe a possibilidade do comando da Segurança Pública passar para um delegado de carreira da Polícia Federal ou mesmo de um oficial do Exército Brasileiro. "As possibilidades estão em estudo, pois a vontade do governador é de promover um choque de gestão na Segurança Pública", disse a fonte, assegurando que a meta é vencer os problemas a qualquer custo.

Pelo lado do sistema prisional existem cerca de 17 mil mandados de prisão para serem cumpridos e em 2003 quando assumiu seu primeiro mandato, Blairo Maggi encontrou cerca de 3 mil presos sob a tutela do Estado e hoje já passam de 9 mil, fora os que ainda precisam ser presos. Um detento, segundo cálculos do Estado, custa em média R$ 600 por mês ao Tesouro Estadual.

Já na questão da segurança pública, a falta de maior efetivo policial, de melhores salários, de investimentos na Polícia Judiciária Civil e de mecanismos modernos de combate à criminalidade preocupam as autoridades do Estado que vêem no setor o calcanhar de aquiles do segundo mandato de Blairo Maggi, iniciado em janeiro deste ano.

Unidas na gestão do ex-governador Dante de Oliveira, até 1995, existiam duas pastas distintas, uma de Justiça e outra de Segurança Pública, mas ambas acabaram agregadas sob o pretexto de modernização, o que não aconteceu. Ocorreu o contrário. Pioraram os índices de criminalidade. Sem argumentos, os técnicos do setor lembram que segurança é um apêndice do Estado que precisa de políticas educacionais e sociais para combater a criminalidade.




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