Sem oposição na AL, Maggi tira unanimidade
O petismo também se curvou aos cargos. Com pretexto de que o governador é aliado do presidente Lula, caiu nos braços do Palácio Paiaguás e nas benesses do poder. O deputado licenciado Ságuas Moraes virou secretário de Educação. Levou consigo para a pasta outra petista: a ex-deputada estadual Vera Araújo, opositora ferrenha nos primeiros quatro anos da administração Maggi. Mesmo os deputados que se mostram independentes, como Otaviano Pivetta (PDT), Chico Galindo (PTB) e Percival Muniz (PPS), não assumem papel de opositores, mantendo apenas críticas pontuais.
O PMDB, com quatro deputados, fica só no balão de ensaio. Zé do Pátio, Adalto de Freitas, o Daltinho, Walter Rabello e Juarez Costa reagem contra o governo somente quando seus interesses partidários são ameaçados pelo governo. Detalhe: os quatro são pré-candidatos a prefeito. A bancada dos Democratas (ex-PFL) sonha com a oposição de olho em 2010, apostando no nome do senador Jaime Campos ao Palácio Paiaguás, mas, numa disputa, não recusaria o apoio de Maggi por baixo dos panos.
A oposição minguou. E o pior está num processo fraticida. Hoje, muito à vontade, Maggi se apresenta como um gigante e age como Golias, iniciando um processo de reinado que pode demorar alguns anos. As promessas de campanha, inclusive feitas em 2002, quando o "rei da soja" tentava o primeiro mandato, caíram no esquecimento, entre elas a de reduzir a carga tributária, de mais projetos à área social e de reforma administrativa.
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