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Politica Brasil
Sexta - 01 de Junho de 2007 às 18:38
Por: Gina de Azevedo Marques

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ROMA - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, fez nesta sexta-feira um primeiro balanço sobre os encontros com empresários e políticos italianos no qual reiterou que o governo brasileiro pretende conciliar o desenvolvimento do País com o respeito pelo meio ambiente. Ela voltou a dizer que os investimentos em biocombustíveis não são incompatíveis com a produção agrícola para a alimentação.

"Toda ação humana tem um impacto sobre a natureza. Qualquer rodovia, ferrovia, auto estrada ou avião, modifica o ambiente. Queremos atuar com o menor impacto possível" disse a ministra, respondendo a imprensa italiana preocupada com a preservação do meio ambiente .

Nos três primeiros dias da sua viagem à Itália que vai durar até a próxima segunda-feira, a ministra teve diversas reuniões multilaterais e bilaterais com representantes do governo italiano e com empresários. Uma das reuniões, que ela definiu como entre as prioridades, foi com o setor de fármacos. O Brasil atualmente importa 2,5 bilhões de dólares de medicamentos.

Segundo Dilma Rousseff, há interesse de investimentos externos para a produção no Brasil de medicamentos genéricos, princípios ativos, vacinas, materiais e equipamentos farmacêuticos. Ela encontrou representantes da Associação Italiana dos Produtores de Princípios Ativos (Assofarma) e com a Chemical Pharmaceutical Association (genericos), com a Novartis e Chiron , produtores europeus de vacinas.

Junto com o presidente da Confederação das Industrias Italianas (Confindustria) Luca Cordero de Montezemolo, a ministra teve um encontro multilateral com empresários italianos da área de siderurgia de tubos, construção de veículos de massa, aeronáutica espacial , defesa e transporte.

"Tratamos das oportunidades de investimentos no Brasil. Enfatizamos a nossa situação macroeconômica favorável , caracterizada pela queda do risco País, atualmente em 138 pontos básicos, com perspectivas concretas de inflação baixa, e 135 bilhões de dólares de reserva. Portanto, tudo isso constituiu as condições previas para lançar o programa de aceleração ao crescimento, com volumosos investimentos na infra-estrutura totalizando 257 bilhões de dólares " .

No setor dos transportes, a ministra confirmou que serão feitas licitações no segundo semestre deste ano. A sociedade Autostrade, a maior empresa italiana de construção de estradas esta interessada em participar do leilão. No transporte ferroviário, além do projeto do trem-bala entre Rio de Janeiro e São Paulo, haverá outra licitação pela ferrovia que ligara Anápolis à Palma.

" Mostramos também a oportunidade de participar do leilão em outubro dos sete trechos de concessão de rodovias no Brasil, e na participação em dragagem . Além disso, enfatizamos a área de energia, transmissão geração e as contratações que a Petrobrás e outras empresas brasileira terão de fazer para a construção de gasodutos , refinarias e plataformas."

Além dos empresários, Dilma Rousseff teve encontros políticos. Ela foi recebida pelo Primeiro Ministro, Romano Prodi, pelo Ministro das Relações Exteriores, Massimo DAlema e pelo sub-secretario da Presidência do Conselho de Ministros, Enrico Letta - equivalente ao chefe da Casa Civil da Itália- e com o Ministro das Atividades Produtivas (Infra-Estrutura), Antonio Di Pietro, ex-magistrado da operação "mãos-limpas" que nos anos 90 combateu a corrupção na Itália.





Fonte: Estadão

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