Gilney diz que PT erra ao se aliar à gestão Maggi
Como o acordo Maggi-PT já está selado, inclusive com dois petistas no comando da Educação (Ságuas Moraes e Vera Araújo), Gilney observa que agora ficaria ruim para o partido decretar uma ruptura. Ele insistirá na tese de projeto próprio nos próximos pleitos, diz que o PT está sendo colocado à prova e elenca quatro desafios para uma legenda com diversidade ideológica, que nasceu dos movimentos populares e que hoje está quase perdendo o ideário socialista.
Após os mandatos de deputado estadual e federal e de ocupar, por mais de quatro anos, o cargo de secretário-executivo de Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Gilney Viana está agora mais presente em Cuiabá. Reassumiu a cadeira de professor do departamento de Saúde Coletiva da UFMT. Retorna à sala-de-aula como professor do Internato Urbano - atende alunos em fase final de conclusão de curso, e passa a desenvolver projetos para, em breve, propor curso de graduação em saúde pública. Gilney pertence a corrente minoritária Utopia e Vida. Tem como uma das aliadas dentro do PT a vereadora por Cuiabá Enelinda Scala.
O ex-deputado aponta quatro desafios transformadores para PT:
1º) O fato de ser governo e não ter hegemonia interna. Gilney considera isso um drama.
2º) O PT teve origem nos movimentos sociais e, ao chegar ao poder central, se afastou desses segmentos. Perdeu capacidade de integração.
3º) O surgimento do movimento político-social de massa, o Lulismo, que, muitas vezes, prescinde o PT para exercer o poder. Gilney avalia que há conflito, inclusive em parceria, ende o Lulismo e o PT. Mesmo que o partido tenha apanhado com as crises de 2005 e 2006, devido aos escândalos do mensalão e das sanguessugas, o partido foi bem sucedido eleitoralmente".
4º) O PT, na avaliação de Gilney Viana, sempre foi socialista e está perdendo essa identidade. Entende que é preciso reconquistar esse ideário socialista.
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