Blairo Maggi cria Conselho para ajudá-lo a governar
Maggi também decidiu descentralizar o poder. O seu vice Silval Barbosa será espécie de um governador paralelo. Terá a missão, por exemplo, de resolver os "pepinos" diretamente com os secretários e de se aprofundar nas articulações junto aos deputados. Assim, Maggi fica mais "solto" para se dedicar às discussões em âmbito nacional. Como governador, o rei da soja não tem mais o ânimo e empolgação vivenciado no primeiro mandato.
Os maiores problemas administrativos enfrentados estão na segurança pública, educação e meio ambiente. Apesar de haver a sensação pública de que o governo patina, Maggi contrapõe, ao afirmar que já deu arrancada e que estão ocorrendo avanços. Não deixa, porém, de demonstrar preocupação com o baixo nível escolar registrado na rede pública de ensino. Também busca melhorar a imagem ruim do Estado, inclusive no exterior, por causa do alto índice de desmatamento.
Por fim, vem a segurança, abalada com as últimas operações desastrosas da Polícia Militar. Primeiro, PMs agrediram e torturaram trabalhadores durante uma ação de desarmamento em fazendas na região do Araguaia. Depois, matou um menor e deixou vários feridos durante uma simulação de combate a sequestro no Jardim das Flores, em Rondonópolis.
Diante de toda complexidade de tocar uma máquina lenta, burocrática e marcada por falta de recursos para investimentos, o governador concluiu que é preciso chamar os Poderes e os segmentos organizados para opinar. Como a solução para a maioria dos problemas passa pelo caixa, tudo indica que o governo continuará no mesmo ritmo.
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