Jackson Lago reconhece voz de sobrinho em gravação apresentada pelo STJ
Alckmin disse que a ministra do STJ mostrou para Lago imagens e gravações de escutas feitas pela PF com autorização da Justiça. Ele não mencionou qual dos sobrinhos nem em qual gravação nem o teor da conversa.
Lago é acusado de ter recebido propina da Gautama --empreiteira suspeita de liderar a suposta máfia que fraudava licitações para realização de obras públicas-- por meio de seus sobrinhos. Dois deles, Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior, foram presos pela Polícia Federal durante a Operação Navalha.
Ao sair do depoimento, Lago negou ter recebido R$ 240 mil por meio de dois sobrinhos, disse que colocou todos os órgãos do Estado para a apuração das denúncias e demonstrou decepção com as acusações envolvendo seus familiares.
Por meio de seus sobrinhos, o governador teria recebido suposta propina para permitir o pagamento, pela Secretaria de Infra-Estrutura do Estado, de R$ 2,9 milhões de uma obra da Gautama.
"Estou triste com tudo isso", afirmou o governador, ao deixar o STJ. "Eu tenho uma vida honrada e limpa. Meu patrimônio é um apartamento e uma camionete que eu pago em 36 meses. Exijo que examinem a minha vida", reiterou.
Lago disse que há evidências de irregularidades nas licitações investigadas pela PF, mas não detalhou quais seriam elas. Em relação aos sobrinhos, disse que as denúncias lhe causam um sentimento "profundamente lamentável".
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