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Politica Brasil
Quarta - 30 de Maio de 2007 às 10:15

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De novo, ele se envolve em escândalo. O deputado federal mato-grossense Pedro Henry (PP), que já conseguiu salvar o mandato após ligação do seu nome ao esquema do mensalão e à máfia dos sanguessugas, agora é vinculado à máfia das fraudes em obras públicas. Ele é acusado de ter sido um dos articuladores para que a Gautama, do empreiteiro baiano Zuleido Veras, ganhasse licitação para construir rede de esgoto em Sinop (a 500 km ao Norte de Cuiabá).

Os indícios são apontados pela Polícia Federal, que grampeou telefonema de Zuleido. Na conversa, o empresário diz que "é mais fácil conseguir recursos" com o deputado Henry . Os recursos eram para "um novo projeto" em Sinop, revela reportagem da Folha online, publicada nesta quarta (30) pela manhã - confira aqui.

Segundo a reportagem, a conversa foi captada em 23 de março. Quatro dias antes, Zuleido assinara com o prefeito de Sinop, Nilson Leitão (PSDB), que foi preso na Operação Navalha e foi liberado depois, um contrato de R$ 48 milhões para rede de esgoto local. A PF diz que Zuleido pagou R$ 200 mil de propina a Leitão para obter a obra.

Leitão nega. Disse que procurou Henry para que o deputado pressionasse pela obtenção de R$ 62 milhões do PAC destinados à uma segunda etapa de obras de esgoto.

De acordo com a Folha, quando citou Henry, Zuleido conversava com Jair Pessine, ex-secretário de Leitão e que presidiu a comissão de licitação, da qual saiu vitoriosa a Gautama, para fazer esgoto em Sinop. Segundo a PF, Pessine recebeu a propina para o prefeito.

Diz o relatório da PF sobre a escuta: "Zuleido fala que está ótimo, diz que o prefeito falou com ele para pensarem em um novo projeto. Pergunta como Jair vê essa possibilidade. Jair diz que está vendo bem, com grande otimismo, (...) fala que esteve com ele (Nilson Leitão) no Pedro Henry e vê isso com grandes possibilidades. Zuleido diz que "com Pedro Henry é mais fácil conseguir recursos".

O financiamento da primeira fase da obra de esgoto, no valor de R$ 38,2 milhões, foi suspenso pelo BNDES após a Operação Navalha, que prendeu Leitão e Zuleido. O dinheiro não chegou a ser liberado.





Fonte: RD News

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