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Politica Brasil
Segunda - 28 de Maio de 2007 às 04:56

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Desde que assumiu a cadeira de secretário de Justiça e Segurança Pública, há cinco meses, o ex-deputado Carlos Brito (PDT) vem enfrentando uma verdadeira fase cão. Na luta pela superação, ele se depara, em média, com um episódio negativo a cada mês. A simulação desastrosa de PMs em Rondonópolis, que resultou numa morte e em alguns feridos, é a quinta bomba lançada sobre o secretário. A carga sobre seus ombros vem pesando tanto que, segundo a tradição católica, só uma benzição o ajudará a suportá-la.

Assim como um técnico de futebol, Carlos Brito demonstra a melhor das boas intenções à frente da Sejusp. Treina e ensaia grandes projetos. Na hora de colocá-los em prática, parece que tudo dá errado. Para piorar surgem problemas de ordem pessoal. Senão vejamos.

1º) Tão logo foi empossado à frente da pasta, em janeiro deste ano, Carlos Brito substituiu o comando-geral. Tirou o coronel Leovaldo Salles e nomeou ao posto Adaildon Evaristo. Em seguida, dentro do que chamou de reengenharia, mandou desativar as polícias comunitárias, estadual de trânsito e ambiental. Os problemas foram imediatos. Após muitas manifestações de protesto, o secretário recuou. Começou a reinstalar as estruturas nos bairros, agora com o nome de base comunitária.

2º) Em fevereiro, Mato Grosso ganha destaque internacional por figurar no topo da lista do mapa da violência. Colniza, que teve, em média, 165,3 homicídios por 100 mil habitantes, entre 1994 e 2004, é apontada como a cidade mais violenta do país. No segundo lugar da lista também aparece outro município mato-grossense: Juruena, vizinha de Colniza, que teve 137,8 homicídios por 100 mil habitantes no mesmo período. São José do Xingu e Aripuanã também são citadas entre as 10 mais violentas da região Centro-Oeste. Brito teve de "botar a cara" para se explicar. Não considerou os dados. Apontou equívocos e contradições.

3º) Carlos Brito cai em prantos ao saber que um filho seu está envolvido num homicídio. A repercussão ganhou o cenário nacional porque o fato envolvia filho de um secretário de Justiça e Segurança Pública.

4º) Numa operação de desarmamento na região do Araguaia, PMs agridem, torturam e humilham trabalhadore rurais. O caso também ganha o noticiário. O governador vai à região e, após ouvir relato dramático dos agricultores, determina a exoneração do comandante-geral Adaildon. Nomeia para a cadeira o coronel Campos Filho.

5º) Neste sábado (26), durante simulação de um resgate dentro de um ônibus, PMs fazem disparos com munição real, em vez de balas de festim, em direção às pessoas que participavam do evento em Rondonópolis. Além da morte de Luiz Henrique Dias Bulhões, 13, outras nove pessoas, entre elas seis crianças, ficam feridas. De novo, o governador se desloca para o local da tragédia. O secretário Brito, de novo, vem a público, lamentar o episódio, admitir que houve negliência e promete apurar responsabilidades.





Fonte: RD News

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