Comerciante é espancado até a morte em São Paulo

SÃO PAULO - A Polícia Civil investiga o misterioso assassinato de um comerciante na porta do Conjunto Residencial Império, onde mora sua namorada, na madrugada de sábado, 27, no Ipiranga, zona sul de São Paulo.

Tiburtino de Albuquerque, 47 anos, foi espancado até a morte e seu corpo abandonado na rua, próximo ao edifício. Já o carro dele, um Fiesta prata, foi roubado. Ele teria sido abordado pelo criminoso quando descia do veículo para entrar no prédio. Mas a polícia ainda não encontrou testemunhas que informem o que realmente ocorreu.

O que intriga a investigação policial é que, na manhã de sábado, poucas horas após o corpo do comerciante ser retirado do local, uma mulher devolveu as chaves do veículo roubado na portaria do prédio onde mora a namorada da vítima, Sara Moitinho de Lima, de 23 anos.

O porteiro, no entanto, não soube dizer quem é a mulher. O carro também foi devolvido. Estava em frente ao conjunto residencial. Porém não é possível afirmar que a mesma mulher levou o veículo de volta ao local do crime.

Segundo o porteiro contou à polícia, a mulher entregou as chaves e disse: "São do namorado da Sara." O funcionário do condomínio recebeu as chaves e a mulher foi embora tranqüilamente.

O crime foi registrado como latrocínio. No entanto, após a entrega das chaves, a investigação mudou de linha. Agora, há fortes indícios de que o crime não foi um roubo seguido de morte, mas que o assassino ou o mandante conhecia a vítima. E mais, sabia onde sua namorada mora. Essas pistas levam à suspeita de um crime passional. Segundo a polícia, Albuquerque separou-se recentemente de sua mulher e a namorada estaria grávida de dois meses.

O carro da vítima foi periciado durante toda a tarde de sábado. Os investigadores esperam que, no laudo, estejam as impressões digitais do assassino do comerciante ou, pelo menos, haja pistas que levem à sua identificação. O resultado do exame pericial deve sair em 30 dias.

No começo desta semana, a ex-mulher do comerciante, a namorada Sara e outros parentes poderão ser chamados pelos investigadores para prestar esclarecimentos.