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Politica Brasil
Sexta - 25 de Maio de 2007 às 16:38

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (25) desconhecer o conteúdo de reportagem da revista "Veja" sobre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Mesmo assim, preferiu cautela e disse que "é preciso dar a chance ao acusado de prestar explicações".

Na reportagem da edição que chega às bancas nesta sexta (25), "Veja" informa que o lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior, paga contas do presidente do Senado. Segundo a revista, Gontijo pagava o aluguel de um apartamento em Brasília para o senador, no valor de R$ 4,5 mil, e uma pensão de R$ 12 mil para a filha de 3 anos com a jornalista Mônica Veloso.

"Aprendi nesse período todo que pobre de quem fizer o julgamento de uma pessoa por uma matéria [reportagem]. Essas coisas têm que ter um processo, têm que ter uma investigação, têm que ter a chance daquele acusado de prestar as explicações", afirmou o presidente ao final do almoço oferecido no Itamaraty ao colega do Panamá, Martín Torrijos.

Lula afirmou também que conversou com o senador do PMDB na quinta (24) e na quarta-feira (23) e disse que "Renan está tranquilo".

Nesta sexta, Renan esteve numa audiência, em uma vara de família, em Brasília, discutindo detalhes da pensão que paga à jornalista Monica Veloso, com quem tem uma filha. A audiência terminou por volta de 14h45. Renan deixou o local cercado por seguranças, acenou aos jornalistas, entrou em um elevador e foi embora sem conceder entrevista.

A construtora Mendes Júnior nega responsabilidade sobre eventuais pagamentos feitos para Renan. "Sobre os pagamentos mencionados, não existe, nem nunca existiu, qualquer participação da Mendes Júnior", afirma o texto de nota divulgada pela empresa nesta sexta.

Chinaglia

"Neste momento, prefiro crer que aquilo não seja verdade, até porque não há nenhum elemento para algum tipo de avaliação", afirmou sobre o episódio o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Chinaglia disse esperar uma manifestação de Renan. "Nós não conhecemos os fatos, ali tem assuntos pessoais. Creio que não cabe opinar sobre tais condicionantes. E evidentemente o senador Renan vai se pronunciar de alguma forma, imagino", afirmou. "Todos nós temos que estar à altura de nossa responsabilidade", ressaltou.

A relação política entre Chinaglia e Renan se restringe à cordialidade dentro do Congresso. Isso porque o presidente do Senado trabalhou a favor da candidatura à reeleição de Aldo Rebelo (PC do B-SP), adversário do petista na disputa pela presidência da Câmara em fevereiro.

Desde então, Chinaglia não fez esforços para se aproximar de Renan, e o contato entre os dois se limita a encontros oficiais em solenidades dentro e fora do Congresso.





Fonte: G1

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