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Cultura
Terça - 22 de Maio de 2007 às 18:55

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O artista plástico Bolívar Figueiredo apresenta a exposição individual 'Quintessência' a partir das 19h30 de hoje na Galeria de Artes da Secretaria da Cultura de Cuiabá (Clube Feminino). Figuras etéreas, que remetem à forma de fantasmas, permeiam suas telas. Traços que traduzem solidão, em que nos introspectamos e resgatamos nossa história.

O próprio artista fez essa viagem interior e diz que a mostra Quintessência é justamente sua volta às raízes, onde sua história começa. A mostra pode ser visitada até o dia 10 de junho, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

Repletas de simbolismo, suas obras são provocativas, um convite ao questionamento, uma das características do artista. Jornalista e pintor autodidata, Bolívar começou a trilhar o caminho das artes visuais na década de 80, em Brasília, onde realizou em 1984 a primeira exposição individual na UPIS - Universidade União Pioneira Sociais. Participa em 1985 do Salão Marinas - do Ministério da Marinha, onde é premiado com a medalha de bronze. Em 1986 participa do Salão Universitário de Brasília - UNB, recebendo o premio de aquisição.

No final da década de 80, passa a integrar o movimento ambientalista do DF, e publica desenhos em jornais alternativos, participando também dos movimentos culturais. O artista mergulhou num recesso de sua pintura, momento de recolhimento que Bolívar acredita ser essencial para o amadurecimento. Por 10 anos dedicou-se exclusivamente ao movimento ambientalista com a criação das ONG´s antinucleares - Movimento Terra (DF) e Da Associação das Vítimas do Césio (GO), após o acidente ocorrido em Goiânia (87). Já na década de 90, expõe na Fundação Cultural de Ilhabela-SP, onde passa a residir até 2006, realizando experiências com texturas, cores e reciclagem de material que passam a integrar suas obras. Nessa época, surge a Quintessência, mostra que ele apresenta em Cuiabá e que agrega também obras inéditas.

Nas telas, o antagonismo, a solidão, a provocação. Numa mesma obra, ele insere a escrita dos Templários de 1200 e a linguagem Windows, o cibernético. "Gosto de trabalhar o antagonismo, faz o espectador e o artista pensarem", afirma Bolívar. O uso da pintura sobre o disquete, por exemplo, insere a proposta de reciclar as ferramentas da comunicação de ponta tecnológica, e que hoje estão ultrapassadas. "A composição reporta a um tipo de memória artificial, assim, em cada disquete foi retratado uma passagem de minha vida: a religiosidade, a solidão, excessos, amores, reencarnação, medos e o lúdico", explica Bolívar, acrescentando que a linguagem da janela do Windows tenta interagir com o observador, no seu poder de: minimizar, restaurar ou excluir as imagens como em um monitor de Computador.





Fonte: Rmt Online

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