Municípios de Diamantino e Alto Paraguai estão na rota certa
“Sou filho da cidade de Alto Paraguai e vivi nela até meus 15 anos, conheci um pouco do apogeu do garimpo e vi, recentemente, seu declínio. Precisamos nos conscientizar que – depois de exaurido – ele não tem mais volta e é necessário se procurar novas alternativas”, revelou.
Ele se apresentou como voluntário em um trabalho sem remuneração e está ajudando a desenvolver um projeto econômico para o município, com base em três fatores. “Primeiro, ocupar os ‘buracos’ provocados pelo garimpo – hoje cheios de água – para a criação de peixes em cativeiro; segundo, melhorar a criação local de minhocas para seu ‘arranquio’ (serem retiradas da terra), proporcionar aumento de sua comercialização e, conseqüentemente, melhorar a renda gerada pelo negócio”, explicou Lopes.
Finalmente, segundo ele, estimular a criação de minhocas em cativeiro – mas, ao invés de iscas, para a produção de húmus (material usado na fertilização da terra), altamente favorável em jardinagem e horticultura. “Esse projeto pode contribuir para a retomada da atividade econômica de Alto Paraguai”, comemorou o consultor.
Ele disse que o outro município – Diamantino (médio-norte mato-grossense, a 199,6km da capital) – tem boas perspectivas de atrair empresas na área de frigoríficos, por possuir boas pastagens, boa base e estar muito próximo da BR-163.
“Com estrutura e localização privilegiadas e favoráveis em termos de logística, dentro dos próximos anos a produção de Diamantino pode sair tanto para os Portos de Paranaguá e de Santos, como para o de Santarém. O município só precisa utilizar bem essas características”, concluiu Vivaldo Lopes.
Ele desvendou esse cenário durante o seminário “Desenvolvimentos Econômico e Sócio-Ambiental da Região do Alto do Rio Paraguai – Dificuldades, Desafios e soluções”, solicitado pelo deputado José Domingos Fraga (DEM) e realizado pela AL na última sexta-feira (18), em Diamantino.
Os demais municípios do consórcio da Bacia do Alto Paraguai são Arenápolis, Barra do Bugres, Campo Novo do Parecis, Denise, Nortelândia, Nova Marilândia, Nova Maringá, Nova Olímpia, Porto Estrela, Santo Afonso, São José do Rio Claro e Tangará da Serra.
Eles estão atuando com as cadeias produtivas de fruticultura (abacaxi), ovinocultura, caprinocultura, seringueira, piscicultura, leite, avicultura e biocombustível. O consórcio é um dos 15 desenvolvidos pelo governo em todo o estado.
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