Partidos acumulam dívidas em Mato Grosso

O PR (Partido Repúblicano) do governador Blairo Maggi já nasceu em Mato Grosso com R$ 11,3 mil de dívidas. Os débitos foram herdados do PL do deputado federal Wellington Fagundes, após a fusão com o Prona.De acordo com a prestação de contas entregue pelo PL ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o partido teve R$ 77 mil de receita no ano passado e R$ 88,3 mil de dívidas. Ao todo, R$ 20,4 mil foram gastos apenas com a campanha eleitoral de deputado.

As dívidas do PR, que recebeu os primeiros filiados em Mato Grosso em fevereiro, devem ser pagas até o mês que vem. Conduzido pelo governador Blairo Maggi, o partido foi oficialmente criado neste mês de maio e deverá receber até junho as primeiras contribuições dos filiados.

Uma boa parte da receita do PR virá de ocupantes de cargos no governo estadual e nas prefeituras municipais, já que 74 das 141 municípios mato-grossenses serão comandados pela sigla. O PFL (atual DEM), arrecadou R$ 509,2 mil. Gastou R$ 456 mil. As despesas com a campanha eleitoral somam R$ 143,8 mil. As pesquisas de opinião pública foram os maiores investimentos da campanha pefelista (R$ 64 mil). Derrotado na disputa pelo governo, o PSDB do ex-senador Antero Paes de Barros teve saldo negativo de R$ 1,9 mil. As finanças só não fecharam no vermelho porque os tucanos contam com R$ 61.485,78 em caixa desde 2005.

De acordo com A Gazeta, o PT, da senadora Serys Marly, admitiu que ainda tem em dívida R$ 1,9 milhão da campanha de 2004 de Alexandre Cesar a prefeito de Cuiabá. O valor foi omitido à Justiça eleitoral pelo petista à época, o que resultou no seu indiciamento pela Polícia Federal por prestação de contas falsas.

O PT afirma que, em 2006, já sob comando de Serys (presidente) e da vereadora por Cuiabá Enelinda Scala (tesoureira), a sigla arrecadou R$ 199,5 mil. Gastou R$ 166,8. Os petistas gastaram com a campanha eleitoral apenas R$ 53,3 mil. O saldo de R$ 32.760,81, no entanto, é ínfimo perto das dívidas antigas.