Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Segunda - 21 de Maio de 2007 às 08:55

    Imprimir


O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, negou ontem que o assessor do ministério, Sérgio Luiz Pompeu Sá, esteja envolvido em fraudes de licitações de obras públicas. Na semana passada Pompeu de Sá foi preso pela Operação Navalha, da Polícia Federal, junto com mais 45 pessoas acusadas de envolvimento em um esquema que desviava recursos de obras públicas.

O grupo desviava recursos públicos em dez estados e no Distrito Federal. O objetivo era lucrar com a execução de obras públicas, organizada e estruturada para a prática de crimes como fraudes em licitações, corrupção passiva e ativa, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

“Não se deve julgar por boatos. O meu chefe de gabinete não e o assessor supostamente envolvido no problema. O suposto assessor não é do Ministério de Minas e Energia”, afirmou o ministro. Rondeau participou de um encontro com empresários brasileiros e paraguaios, junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Rondeau disse que como ministro já tomou todas as providências e que “este assunto está sendo muito bem conduzido”. Segundo ele, o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o diretor geral da Polícia Federal, estão acompanhando o assunto. “Não podemos nos basear em informações que surgem a qualquer momento”.

O ministro desmentiu que existam provas de que ele teria recebido R$ 100 mil para facilitar licitações do Programa Luz Para Todos. “Não há prova contra uma mentira. Pode haver uma suposição. Eu não acredito que a Polícia Federal tenha dito isso, porque teria que haver uma prova. Não existe assessor no ministério com nome de Sérgio Sá”.

Silas Rondeau também disse desconhecer que esse assessor facilitasse o trânsito de pessoas no Ministério do Minas e Energia. Ele disse ainda não ter conversado com o presidente Lula sobre o assunto e informou que se sente “absolutamente à vontade” para permanecer no cargo, porque não tem o que temer . “Estou absolutamente convicto de que não existe nada que venha comprometer e isso aí vai ser provado na justiça”.

A organização criminosa descoberta pela Polícia Federal desviou recursos dos Ministérios de Minas e Energia; do Planejamento, Orçamento e Gestão; da Integração Nacional; das Cidades; e do Departamento Nacional Infra-Estrutura de Transportes (Dnit). Nos estados, foram constatadas fraudes em Alagoas, Maranhão, Sergipe, Piauí e no DF. Na esfera municipal estavam envolvidas autoridades dos municípios de Camaçari (BA) e Sinop (MT).





Fonte: ABr

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/226301/visualizar/