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Museus da capital abrem as portas para o passado da cuiabania
Uma viagem no tempo. É essa a percepção que os visitantes têm ao adentrar os museus instalados em Cuiabá. Desde a pré-história, passando pela ocupação da região por índios, descoberta do ouro e conseqüente colonização e criação das primeiras cidades até a instação da República, ditadura e período atual. A história do Estado é contada em fotos, vídeos e inúmeros documentos e está acessível à população, que muitas vezes desconhece a as relíquias guardadas antes em salas empoeiradas e que agora estão abertas à visitação.
Esta semana, no dia 18 de maio, foi comemorado o Dia Internacional dos Museus. Para celebrar a data, o RMT Online produziu uma série de reportagens sobre os museus da capital. Visitamos quatro dos mais de 20 existentes em Cuiabá: Museu da Pré-História, Museu Histórico de Mato Grosso, Museu Rondon e Museu da Imagem e Som de Cuiabá. Conheça a seguir um pouco mais da história de cada um deles e da importância dos museus para a preservação da história e cultura de Mato Grosso
Museu Histórico de Mato Grosso
Uma viagem no tempo em oito salas. Esta é a proposta do Museu Histórico de Mato Grosso, localizado no centro de Cuiabá, na Praça da República. Lá estão expostas 9.500 peças, dentre elas documentos antigos de inestimável valor histórico, gravuras, maquetes revelando a Cuiabá antiga e móveis da sociedade da época. Instalado no antigo prédio do 'Thesouro' do Estado, o Museu Histórico de Mato Grosso permite trazer para o presente a vida da cuiabania do passado.
Ao adentrar a primeira das salas temáticas do museu, o visitante conhece a rota de entrada do homem na América do Sul, milhares de anos atrás. No mesmo local foi construída uma réplica de um sítio arqueológico com gravuras rupestres feitas pelos primeiros moradores de Mato Grosso. Em seguida, uma maquete de 2m x 1,5m mostra como era Cuiabá no período colonial. A igreja Matriz determinava o centro da cidade e era rodeada por poucas casas.
A história do Estado, desde a época de colônia até a República, é contada em quadros espalhados por todo o museu. Manequins revelam como eram as vestes dos bandeirantes e o uniforme utilizado na Guerra do Paraguai. Em outro canto, um exemplar original do uniforme da Força Expedicionária Brasileira que lutou na Segunda Guerra Mundial.
"Vindo ao museu os alunos têm acesso à história natural. Eles deixam a sala de aula e ficam impressionados com os objetos que encontram aqui", disse o professor de história Almir Eduardo, enquanto conduzia um grupo de 40 estudantes do ensino fundamental pelas salas do museu. As crianças, da 6ª série, ficaram surpresas com as fotos e objetos antigos. Muitas nunca haviam sequer visto uma máquina de datilografar e puderam ver de perto uma delas, que pertenceu ao historiador Rubens de Mendonça.
Relíquias
Protegidos por um vidro estão o bastão de prata utilizado por João de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, o V capitão-general da Capitania de Mato Grosso; uma espada do almirante Augusto João Manoel Leverger, o Barão de Melgaço; e uma espingarda que pertenceu ao marechal Cândido Mariano da Silva Rondon. Diversos outros objetos nos remetem à transição do período colonial até a República.
No setor referente ao período republicano, os visitantes podem conferir o original da Constituição de Mato Grosso de 1947. Fotos diversas sobre esse período histórico estão dispostas nas paredes. É possível verificar também o ato de nomeação de Júlio Müller como interventor de Mato Grosso. Esse documento, datado de 23 de novembro de 1937 tem a assinatura do presidente Getúlio Vargas.
Outra rubrica importante está visível em um documento de 24 de março de 1871. Nele, Dom Pedro II nomeou o alferes Affonso Pinto de Oliveira como Cavaleiro da Ordem da Rosa pelas batalhas na Guerra do Paraguai. Ainda sobre a guerra, dois canhões de bronze utilizados naquele período estão em exposição.
Há também peças curiosas, como um fragmento do trilho do bonde, o primeiro transporte coletivo da capital; moedas antigas do período da República, medalhas e horarias, grilhão [espécie de algema] para prender escravos e até mesmo um canivete utilizado pelo presidente Juscelino Kubistchek para cortar a fita de inauguração da Ponte Ministro João Alberto sobre os rios Araguaia e Garças em 1958. Imponente na entrada de uma das salas está uma mesa de 150 anos que pertencia aos governadores e que ficava no Palácio Alencastro, prédio que até 1975 servia como sede do Governo do Estado. O documento que transfere a sede para o Palácio Paiaguás também faz parte do acervo do museu e pode ser visto pelos visitantes.
Na última sala, diversas cristaleiras, mesas, relógios, poltronas e escrivaninha que faziam parte do mobiliário da antiga Casa dos Governadores e também do Palácio Alencastro.
História preservada
O museu foi inaugurado pela primeira vez no dia 12 de agosto de 1978. A gerente do Museu Histórico, Marly Pommot Maia, é a responsável pela conservação de grande parte do acervo, que mudou do antigo Palácio da Instrução para o prédio do Thesouro do Estado, depois que os dois locais passaram por reformas.
O Museu Histórico de Mato Grosso fica localizado no centro de Cuiabá
Local: Praça de República, nº 131, em frente ao Palácio da Instrução
Atendimento: segunda a sexta das 8h às 12h e das 14h às 18; sábado das 8h às 13h.
Esta semana, no dia 18 de maio, foi comemorado o Dia Internacional dos Museus. Para celebrar a data, o RMT Online produziu uma série de reportagens sobre os museus da capital. Visitamos quatro dos mais de 20 existentes em Cuiabá: Museu da Pré-História, Museu Histórico de Mato Grosso, Museu Rondon e Museu da Imagem e Som de Cuiabá. Conheça a seguir um pouco mais da história de cada um deles e da importância dos museus para a preservação da história e cultura de Mato Grosso
Museu Histórico de Mato Grosso
Uma viagem no tempo em oito salas. Esta é a proposta do Museu Histórico de Mato Grosso, localizado no centro de Cuiabá, na Praça da República. Lá estão expostas 9.500 peças, dentre elas documentos antigos de inestimável valor histórico, gravuras, maquetes revelando a Cuiabá antiga e móveis da sociedade da época. Instalado no antigo prédio do 'Thesouro' do Estado, o Museu Histórico de Mato Grosso permite trazer para o presente a vida da cuiabania do passado.
Ao adentrar a primeira das salas temáticas do museu, o visitante conhece a rota de entrada do homem na América do Sul, milhares de anos atrás. No mesmo local foi construída uma réplica de um sítio arqueológico com gravuras rupestres feitas pelos primeiros moradores de Mato Grosso. Em seguida, uma maquete de 2m x 1,5m mostra como era Cuiabá no período colonial. A igreja Matriz determinava o centro da cidade e era rodeada por poucas casas.
A história do Estado, desde a época de colônia até a República, é contada em quadros espalhados por todo o museu. Manequins revelam como eram as vestes dos bandeirantes e o uniforme utilizado na Guerra do Paraguai. Em outro canto, um exemplar original do uniforme da Força Expedicionária Brasileira que lutou na Segunda Guerra Mundial.
"Vindo ao museu os alunos têm acesso à história natural. Eles deixam a sala de aula e ficam impressionados com os objetos que encontram aqui", disse o professor de história Almir Eduardo, enquanto conduzia um grupo de 40 estudantes do ensino fundamental pelas salas do museu. As crianças, da 6ª série, ficaram surpresas com as fotos e objetos antigos. Muitas nunca haviam sequer visto uma máquina de datilografar e puderam ver de perto uma delas, que pertenceu ao historiador Rubens de Mendonça.
Relíquias
Protegidos por um vidro estão o bastão de prata utilizado por João de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, o V capitão-general da Capitania de Mato Grosso; uma espada do almirante Augusto João Manoel Leverger, o Barão de Melgaço; e uma espingarda que pertenceu ao marechal Cândido Mariano da Silva Rondon. Diversos outros objetos nos remetem à transição do período colonial até a República.
No setor referente ao período republicano, os visitantes podem conferir o original da Constituição de Mato Grosso de 1947. Fotos diversas sobre esse período histórico estão dispostas nas paredes. É possível verificar também o ato de nomeação de Júlio Müller como interventor de Mato Grosso. Esse documento, datado de 23 de novembro de 1937 tem a assinatura do presidente Getúlio Vargas.
Outra rubrica importante está visível em um documento de 24 de março de 1871. Nele, Dom Pedro II nomeou o alferes Affonso Pinto de Oliveira como Cavaleiro da Ordem da Rosa pelas batalhas na Guerra do Paraguai. Ainda sobre a guerra, dois canhões de bronze utilizados naquele período estão em exposição.
Há também peças curiosas, como um fragmento do trilho do bonde, o primeiro transporte coletivo da capital; moedas antigas do período da República, medalhas e horarias, grilhão [espécie de algema] para prender escravos e até mesmo um canivete utilizado pelo presidente Juscelino Kubistchek para cortar a fita de inauguração da Ponte Ministro João Alberto sobre os rios Araguaia e Garças em 1958. Imponente na entrada de uma das salas está uma mesa de 150 anos que pertencia aos governadores e que ficava no Palácio Alencastro, prédio que até 1975 servia como sede do Governo do Estado. O documento que transfere a sede para o Palácio Paiaguás também faz parte do acervo do museu e pode ser visto pelos visitantes.
Na última sala, diversas cristaleiras, mesas, relógios, poltronas e escrivaninha que faziam parte do mobiliário da antiga Casa dos Governadores e também do Palácio Alencastro.
História preservada
O museu foi inaugurado pela primeira vez no dia 12 de agosto de 1978. A gerente do Museu Histórico, Marly Pommot Maia, é a responsável pela conservação de grande parte do acervo, que mudou do antigo Palácio da Instrução para o prédio do Thesouro do Estado, depois que os dois locais passaram por reformas.
O Museu Histórico de Mato Grosso fica localizado no centro de Cuiabá
Local: Praça de República, nº 131, em frente ao Palácio da Instrução
Atendimento: segunda a sexta das 8h às 12h e das 14h às 18; sábado das 8h às 13h.
Fonte:
RMT Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/226411/visualizar/
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