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Cultura
Domingo - 20 de Maio de 2007 às 09:07

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Paris, 1905: artistas reunidos na sala sete do Salão de Outono provocaram a ira de um crítico local, que apontou as obras ali expostas como "aberração pictórica, a loucura das cores e as fantasias difíceis de explicar". Surgiam ali as "feras", de "fauve", em francês, que viriam batizar o fauvismo, movimento no qual se aglutinam Derain, Vlaminck, entre outros, e o mais proeminente, Matisse (1869-1954), tema do volume do próximo domingo da Coleção Folha Grandes Mestres da Pintura.

Henri Matisse é expressão maior do fauvismo, pois é quem melhor representa suas principais marcas: a provocação, a recuperação da liberdade de visão do artista, a cor como elemento básico da pintura e o conceito plástico acima do ato de representação.

Simplicidade aparente

Suas obras são caracterizadas por uma aparente simplicidade, que ao mesmo tempo oculta um profundo trabalho de elaboração prévia, síntese e eliminações, como se constata em suas pinturas mais conhecidas, como "A Dança" (1909/10) ou " O Ateliê Vermelho" (1911).

Quem melhor define sua obra é o próprio artista: "Para mim, o tema de um quadro e o fundo dele têm o mesmo valor, ou, para ser mais claro, nenhum ponto é mais importante que outro. O que vale é a composição, o padrão geral. Um quadro é feito pela combinação de superfícies diferentemente coloridas", escreveu Matisse, em 1905.





Fonte: Folha De São Paulo

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