Bancada do PMDB racha na AL

A bancada do PMDB na Assembléia está dividida em relação ao apoio ao governo Blairo Maggi. Os deputados Juarez Costa e Adalto de Freitas defendem a permanência da bancada na base de sustentação, enquanto os deputados José Carlos de Pátio e Walter Rabello são a favor do partido assumir uma posição de independência.

Nessa "briga" interna, os dois primeiros contam com o apoio do vice-governador Silval Barbosa. Já a outra turma tem o respaldo da maioria da executiva regional da agremiação, como o do presidente regional, deputado federal Carlos Bezerra. Com o objetivo de buscar uma posição comum, a bancada se reúne, às 7h30 da próxima segunda-feira, no escritório político do vice, para tratar do assunto.

"Um entendimento será difícil", afirmou um membro da executiva. Adalto e Juarez entendem que é importante o PMDB fortalecer Silval, que vem ocupando o espaço no governo do Estado. Por sua vez, Zé do Pátio e Walter Rabello defendem uma postura de independência, mas não de oposição. "Nós temos que preservar o vice-governador", diz Rabello.

Diante disso, a tendência é da bancada atuar de forma dividida na Assembléia, já que dificilmente chegará a um acordo. O principal problema, de acordo com um peemedebista, é a pretensão eleitoral de Rabello e Pátio. Os dois estariam atuando de olho nas eleições municipais de 2008, já que são, respectivamente, pré-candidatos a prefeito de Cuiabá e Rondonópolis.

Zé do Pátio, por exemplo, é contra um entendimento com o governador Blairo Maggi, porque, segundo informações, acha que vem sendo prejudicado em Rondonópolis. "Não tem nada disso. Nunca dependi de cargo para fazer política e não seria agora que iria precisar", diz. Ele argumenta que não concorda com várias políticas públicas desenvolvidas pelo executivo e que, por esta razão, defende uma posição de independência do PMDB. Por sua vez, Juarez Costa, que é vice-líder do governo na Assembléia Legislativa, defende a importância do partido continuar na base de sustentação, argumentando "que nós ajudamos a eleger e nós precisamos ajudar a governar".