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Politica Brasil
Sexta - 18 de Maio de 2007 às 04:18
Por: NOELMA OLIVEIRA

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O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Júlio Campos, comunicou à família, num almoço na residência do patriarca da família Campos, Júlio Domingos de Campos, o seo Fiote, o projeto de disputar a prefeitura de Várzea Grande no próximo ano. O senador Jayme Campos, do DEM, também participou do encontro familiar, considerado de rotina.

Em entrevista ao Diário, em março passado, Júlio não descartou retornar à vida pública. Contou também do estímulo que vem recebendo por parte dos amigos e ex-correligionários. Segundo uma pessoa próxima da família Campos, o conselheiro oficializou a decisão à família e acrescentou ser um projeto irrevogável para o próximo ano.

Júlio relatou ainda as dificuldades de viver sem fazer política. A grosso modo, contou, nenhum integrante do clã colocou objeção à decisão, porém o senador Jayme Campos pediu para o irmão pensar bem na situação, até pelo cargo vitalício que ora ocupa. Além do senador, a família Campos ainda tem outro político em atuação, que é Benedito Paulo, prefeito de Jangada, município distante 80 quilômetros ao norte de Mato Grosso.

Júlio já exerceu o cargo de prefeito de Várzea Grande. Ele encerrou a carreira política em 2002, pouco antes de assumir a vaga de conselheiro no dia 28 de junho do mesmo. Porém, exerceu os cargos de senador e governador do Estado.

“No próximo dia 28 de junho de 2007, eu completarei cinco anos, o que já proporciona a oportunidade, se eu assim desejar, de requerer a aposentadoria como conselheiro. Então, já estou hoje com 30 e tantos anos de serviços públicos prestados ao Estado e em condição plena de me aposentar para cuidar da minha vida particular ou até mesmo, se necessário, retornar para a vida pública partidária”, contou Júlio à reportagem do Diário, no mês de março passado.

Hoje, aos 60 anos, ele pode deixar o Tribunal uma década antes da data-limite para a aposentadoria, que é de 70 anos. Júlio revelou ainda que seu maior objetivo, no cargo de conselheiro, era chegar à presidência do Tribunal de Contas. A partir deste posto, Campos acredita ser desnecessária a permanência no órgão. Segundo ele, estará, então, pronto para dar oportunidade para outras pessoas.

Campos ainda abordou sobre a situação caótica de Várzea Grande atualmente, o que em tese reforça ainda mais seu desejo de voltar à política.

“É, realmente nossa cidade de Várzea Grande está precisando de um choque de gestão, de um choque de entusiasmo. Há uma tristeza muito grande que a gente nota na população. Várzea Grande deixou de ser aquele município que se desenvolvia, que crescia, que era a Cidade Industrial de Mato Grosso, a grande esperança de migrantes que vinham para nossa cidade”, diz em um trecho da entrevista.

Ele ainda deixou claro que em política ‘nunca se deve dizer nunca’.




Fonte: Diário de Cuiabá

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