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Meio Ambiente
Quinta - 17 de Maio de 2007 às 15:02

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A mudança climática reduziu a capacidade que o Oceano Antártico tinha de absorver o excesso de dióxido de carbono do planeta, um fator que pode acelerar o aquecimento global, descobriram cientistas.

Um estudo publicado na revista Science atestou que desde 1981, o Oceano Antártico absorveu menos dióxido de carbono - de 5% a 30% menos por década - do que haviam previsto os especialistas.

Ao mesmo tempo, as emissões de dióxido de carbono aumentaram 40%, explicou o estudo. A razão para a desaceleração da absorção é a existência de mais ventos sobre o Oceano Antártico desde 1958, causada pelos gases que provocam o efeito estufa e pelo buraco na camada de Ozônio.

Os ventos provocaram uma liberação na atmosfera do dióxido de carbono armazenado. Isso evitou uma maior absorção de gases do efeito estufa na "piscina" do oceano, um depósito natural de carbono, segundo o estudo.

"Isso é sério", disse Corinne Le Quere, cientista da universidade britânica de East Anglia, que coordenou a pesquisa. "As piscinas de carbono da Terra - 15% delas no Oceano Antártico - absorvem aproximadamente metade de todas as emissões humanas de carbono", acrescentou.

Com o Oceano Antártico alcançando seu ponto de saturação, mais dióxido de carbono permanecerá ficar na atmosfera, explicou Le Quere. O problema continuará a ser sentido nos próximos 25 anos, o que afeta o anidro carbônico que está presente na atmosfera há séculos, afirmou.

A equipe de cientistas - da Europa, Japão, Estados Unidos, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia - coletou e analisou dados de 11 estações no Oceano Antártico e 40 estações do resto do mundo durante quatro anos.





Fonte: AFP

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