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PF prende 35 pessoas por extração ilegal de madeira
Trinta pessoas foram presas em Mato Grosso e cinco em Londrina (PR), ontem, durante a Operação Mapinguari, que desbaratou um esquema de extração, transporte e comércio ilegal de madeira no Parque Indígena do Xingu (PIX) para exportação. A investigação durou cerca de 1 ano. Foram expedidos 57 mandados de buscas e apreensão e 47 mandados de prisão nos estados de Mato Grosso (Feliz Natal, Paranatinga, Sinop, Sorriso, Vera, Cuiabá, Chapada dos Guimarães, Canarana); Santa Catarina (Cedros); Goiás (Goiânia, Rio Verde); e Paraná (Londrina). Duas pessoas, uma de Paranatinga e outra em Rio Verde, devem se apresentar hoje na Polícia Federal.
Em Cuiabá, agentes da PF prenderam a servidora da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) Célia Pereira de Carvalho, além de Elvis Antônio Klauk Júnior, que atuava na retirada da madeira da reserva. Ela está encarcerada no Presidio Feminino e ele na Penitenciária Pascoal Ramos. Além deles, os federais detiveram madeireiros, transportadores, servidores do Ibama, fazendeiros e três índios da etnia Trumai, o cacique Ararapan Trumai, o filho dele, Maitê Trumai; e Hulk Trumai. Todos estão presos em Sinop.
O delegado executivo da PF em Mato Grosso, Antônio Maria Fonseca, aponta que somente no ano de 2005 a área desmatada do PIX foi de 8 mil hectares, o equivalente a 40 mil metros cúbicos de madeira de lei, capazes de abastecer 2 mil caminhões. A área total do Parque Indígena do Xingu é de 30 mil metros quadrados e abriga 17 aldeias e dezenas de etnias.
Na denúncia do Ministério Público Federal (MPF), acatada pelo juiz da 1º Vara Federal, Julier Sebastião da Silva, na organização criminosa, os grileiros, proprietários rurais e arrendatários de fazendas em torno do PIX, promoviam a exploração e providenciavam os recursos financeiros, materiais e humanos para atingir os objetivos da quadrilha.
O suporte técnico era feito pelos servidores do Ibama e Sema, encarregados de obter facilidades nos órgãos públicos, corrompendo os servidores para regularizarem as terras griladas, além de elaborar e aprovar os projetos de exploração e manejo florestais fraudulentos. A madeira extraída do Parque Indígena era comercializada como se fosse retirada das fazendas e ainda gerava crédito florestal.
Os empresários e madeireiros participaram da organização com o financiamento da grilagem e adquiriam as madeiras extraídas ilegalmente da área indígena. Os índios Trumai, aliciados pelo bando, permitiam a exploração de madeiras no interior da reserva. Em troca, eles recebiam carros e dinheiro.
"Se não houvesse essa intervenção haveria o risco de um massacre dentro do parque, porque as outras etnias indígenas não concordavam com a exploração dos madeireiros e a concordância da prática pelos Trumai", conta o delegado.
A PF ainda não tem o valor dos lucros obtidos com a prática criminosa, pois os cálculos dependem da análise dos documentos apreendidos, que devem chegar hoje em Cuiabá.
Cerca de 200 agentes e delegados da PF no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia vieram para Mato Grosso para o cumprimento dos mandados. Uma equipe da PF sofreu acidente de carro, mas os três ocupantes foram para o hospital em Sinop e passam bem.
Em Cuiabá, agentes da PF prenderam a servidora da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) Célia Pereira de Carvalho, além de Elvis Antônio Klauk Júnior, que atuava na retirada da madeira da reserva. Ela está encarcerada no Presidio Feminino e ele na Penitenciária Pascoal Ramos. Além deles, os federais detiveram madeireiros, transportadores, servidores do Ibama, fazendeiros e três índios da etnia Trumai, o cacique Ararapan Trumai, o filho dele, Maitê Trumai; e Hulk Trumai. Todos estão presos em Sinop.
O delegado executivo da PF em Mato Grosso, Antônio Maria Fonseca, aponta que somente no ano de 2005 a área desmatada do PIX foi de 8 mil hectares, o equivalente a 40 mil metros cúbicos de madeira de lei, capazes de abastecer 2 mil caminhões. A área total do Parque Indígena do Xingu é de 30 mil metros quadrados e abriga 17 aldeias e dezenas de etnias.
Na denúncia do Ministério Público Federal (MPF), acatada pelo juiz da 1º Vara Federal, Julier Sebastião da Silva, na organização criminosa, os grileiros, proprietários rurais e arrendatários de fazendas em torno do PIX, promoviam a exploração e providenciavam os recursos financeiros, materiais e humanos para atingir os objetivos da quadrilha.
O suporte técnico era feito pelos servidores do Ibama e Sema, encarregados de obter facilidades nos órgãos públicos, corrompendo os servidores para regularizarem as terras griladas, além de elaborar e aprovar os projetos de exploração e manejo florestais fraudulentos. A madeira extraída do Parque Indígena era comercializada como se fosse retirada das fazendas e ainda gerava crédito florestal.
Os empresários e madeireiros participaram da organização com o financiamento da grilagem e adquiriam as madeiras extraídas ilegalmente da área indígena. Os índios Trumai, aliciados pelo bando, permitiam a exploração de madeiras no interior da reserva. Em troca, eles recebiam carros e dinheiro.
"Se não houvesse essa intervenção haveria o risco de um massacre dentro do parque, porque as outras etnias indígenas não concordavam com a exploração dos madeireiros e a concordância da prática pelos Trumai", conta o delegado.
A PF ainda não tem o valor dos lucros obtidos com a prática criminosa, pois os cálculos dependem da análise dos documentos apreendidos, que devem chegar hoje em Cuiabá.
Cerca de 200 agentes e delegados da PF no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia vieram para Mato Grosso para o cumprimento dos mandados. Uma equipe da PF sofreu acidente de carro, mas os três ocupantes foram para o hospital em Sinop e passam bem.
Fonte:
Gazeta Digital
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/227088/visualizar/
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