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Politica Brasil
Quarta - 16 de Maio de 2007 às 18:48
Por: JULIANA SCARDUA

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O deputado José Carlos do Pátio (PMDB) reassumiu a conhecida postura de crítico do governo Blairo Maggi (PR) cobrando ações de interesse social por parte do Executivo. O alvo inclui questionamentos à reforma administrativa vislumbrada pelo governo e a cobrança de mais recursos a regiões do Estado. “O governador está queimando cartucho com coisas que não deveria. Ele não está sabendo usar os 65% de votos que ganhou”, alfineta o parlamentar.

Para Pátio, o Executivo deveria primar por outros caminhos para atingir o enxugamento de gastos e a agilidade na máquina pública prometidos no projeto de reforma sistêmica. Conforme cálculos da Secretaria de Administração, a criação de 12 núcleos sistêmicos incorporando as diversas áreas do governo irá resultar numa economia anual de R$ 55 milhões.

A principal sugestão do deputado ao governo estadual é a retomada das discussões sobre a criação do Fundo Único de Previdência do Estado. Outro foco de críticas do deputado, que pertence oficialmente à base governista, é a adoção de critérios mais rigorosos à concessão de incentivos fiscais a empresas instaladas no Estado. O assunto é alvo de estudos por parte de câmara setorial articulada por Pátio na Assembléia Legislativa.

Zé Carlos do Pátio ainda reclama da distribuição de recursos estabelecida no PAC Regional, programa de obras com recursos do Fundo de Transporte e Habitação (Fethab). Lançado pelo governador Blairo Maggi no mês passado, o programa envolve uma demanda de R$ 217 milhões. Contudo, segundo o parlamentar, várias regiões carentes em infra-estrutura foram excluídas do conjunto de obras.

“O PAC Regional acabou mostrando mais prioridade em fazer asfalto nas regiões onde o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é maior, ou seja, onde está a maior parte da produção agrícola. Veja se o asfaltamento entre Guiratinga e Tesouro está lá, por exemplo. Não está, porque é uma região pobre”, sentencia o peemedebista.

O rol de reclamações também inclui queixas à gestão da Secretaria Estadual de Infra-Estrutura (Sinfra). Segundo Pátio, as ações prioritárias na pasta vêm sendo definidas sem qualquer consulta à população ou debate junto à classe política. “As coisas são definidas de forma ‘interna corpuris’. O que precisa ser feito pelo governo é discutir onde se pode atender mais pessoas com novas obras”.

A Sinfra é comandada hoje por Vilceu Marchetti (PFL) e, apesar de negativas oficiais, é apontada nos bastidores como almejada pelo vice-governador, Silval Barbosa (PMDB).




Fonte: Diário de Cuiabá

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