Sob Bezerra, PMDB inicia pressão sobre Maggi
A cada pressão do PMDB por cargos, Maggi sinaliza para Silval no sentido deste assumir secretaria em nome do PMDB. A manobra aconteceu em relação à pasta da Educação e, depois, sobre a Infra-Estrutura.
Dirigente da legenda peemedebista há uma década, Bezerra tem, de novo, em seu poder a carta máxima. Como na política a definição sai primeiro na cúpula, caberá ao ele determinar um dos três caminhos do partido em relação à gestão Maggi: manter a relação como está, assumir postura de independência sem assumir cargo no primeiro escalão ou romper de vez.
Na prática, o PMDB nunca foi oposição. Os que defendem distanciamento do governo o fazem por interesse pessoal. O caso do deputado Zé do Pátio, o mais contundente em defesa da ruptura, é um exemplo. Ele prefere distância do governo simplesmente para sua segunda candidatura a prefeito de Rondonópolis se viabilizar. Maggi tem como um dos principais aliados o prefeito Adilton Sachetti (PR), que derrotou Pátio nas urnas de 2004.
Se o PMDB tomar a mesma posição do PT, ou seja, de se incorporar de vez no governo com comando de secretaria, anulará automaticamente qualquer discurso oposicionista, principalmente de Pátio. Mesmo que não admita publicamente, o PMDB ocupa vários que vão do segundo ao quarto escalões.
Entre os representantes do partido na máquina estadual estão o ouvidor-geral e ex-deputado federal Gilson de Barros e também Genilto Nogueira, em cargo de terceiro escalão na Casa Civil. Como tem apego a cargos e ao poder, dificilmente o PMDB romperá com a administração Maggi, por mais que os interesses eleitorais para a sucessão de 2008 entrem na pauta.
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