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Politica Brasil
Segunda - 14 de Maio de 2007 às 23:33

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BRASÍLIA - A disputa entre as alas de senadores e de deputados do PMDB para abocanhar o maior número de cargos do segundo escalão e das estatais teve reflexo na composição da CPI do Apagão Aéreo do Senado. Para mostrar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que é mais fiel do que o PMDB da Câmara - e, por isso mesmo, merecedor de mais postos no governo -, o partido no Senado decidiu nomear três titulares afinados com o Palácio do Planalto.

São eles Gilvan Borges (AP), Leomar Quintanilha (TO) e Wellington Salgado (MG). Para completar o quadro favorável ao Palácio do Planalto, os suplentes serão os líderes do governo, Romero Jucá (RR), e do PMDB, Waldir Raupp (RO). A nomeação dos 13 titulares e dos 13 suplentes deverá ocorrer até o final da tarde desta terça-feira, 15. Antes, às 11 horas, os líderes de todos os partidos fazem uma reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), para um acordo de procedimentos.

Na composição da CPI, o governo terá sete integrantes e a oposição seis. Por isso mesmo, os partidos do bloco governista haviam decidido ficar com a presidência e com a relatoria da CPI do Apagão Aéreo no Senado, apesar dos protestos dos oposicionistas. No entanto, se a oposição aceitar abrir mão de investigações que avancem, por exemplo, sobre a Infraero, poderá ser negociada a vaga de relator.

Na Câmara, os partidos governistas tem maioria absoluta na CPI do Apagão Aéreo, com 16 deputados contra oito da oposição. Isso, no entanto, não é nenhuma garantia para o Planalto, porque os deputados pressionam por cargos e ameaçam se rebelar a todo instante. Eles chegaram a eleger como vice-presidente o deputado Eduardo Cunha (RJ), ligado ao ex-governador Anthony Garotinho. Cunha pressiona pela nomeação do ex-deputado Moreira Franco para uma diretoria da Petrobrás e do ex-prefeito Luiz Paulo Conde para a presidência de Furnas.

Ainda no Senado, o PFL escolheu para a CPI os senadores Antonio Carlos Magalhães (BA), Demóstenes Torres (GO) e José Agripino Maia (RN). Os suplentes serão os senadores Raimundo Colombo (SC) e Romeu Tuma (SP). No PSDB, foram escolhidos para a CPI os senadores Sérgio Guerra (PE) e Mário Couto (PA). Para suplentes, o presidente do partido, Tasso Jereissati (CE) e o líder, Arthur Virgílio Neto (AM).





Fonte: Estadão

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