Silval admite que não vai para Sinfra

Em conversa com aliados, o vice-governador Silval Barbosa (PMDB) já admite que não deverá assumir o comando da Secretaria de Estado de Infra-estrutura (Sinfra). Os peemedebistas não têm nenhum outro filiado no primeiro escalão do Palácio Paiaguás e Silval é a maior esperança do partido em comandar uma pasta no Executivo.

Silval confidenciou ao atual secretário de Infra-estrutura, Vilceu Marchetti (DEM), que pretende ganhar mais visibilidade no staff exercendo apenas a vice-governadoria. Silval era cotado também pelo governador Blairo Maggi (PR) para a pasta de Educação, que passou a ser comandada desde esta segunda-feira (07) por Ságuas Moraes (PT).

"O Silval disse que não precisa de cargo. O PMDB pode buscar outros espaços e ele está tranquilo com isso", afirmou Marchetti, que deverá continuar comandando a Sinfra. O interesse de permanência na pasta foi admitida por ele, que cogita recusar o convite do governador para acompanhar Luiz Antônio Pagot, caso este seja nomeado diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit).

Ex-prefeito por dois mandatos e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Primavera do Leste, Marchetti foi convidado por Maggi para ocupar cargos de fiscalização na nova diretoria do Dnit. Seu interesse é continuar em Mato Grosso, próximo à base eleitoral. "Pessoalmente, digo que não gostaria de ficar em Brasília. Mesmo quando era prefeito, só visitava a Capital Federal quando era extremamente necessário", completou Marchetti.

O secretário de Infra-estrutura ressaltou ainda que a pasta é uma das que permitem maior visibilidade devido ao Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). Marchetti chegou ao governo por indicação pessoal de Maggi. Nem o DEM (antigo PFL) referendou a sua indicação, já que ocorreu num momento de distanciamento do Palácio Paiaguás.