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Repórter News - reporternews.com.br
Cultura
Sexta - 11 de Maio de 2007 às 18:33

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O centenário do nascimento de Katharine Hepburn, que será comemorado amanhã, resgata a memória de uma atriz cuja obra, classe e estilo - além de seus brownies - se recusam a morrer.

Ninguém personificou o termo estrela de Hollywood como ela, que era reconhecida imediatamente em qualquer um de seus papéis e que foi muito premiada por seu talento.

A melhor prova disto são os 12 Oscar aos quais foi indicada, conquistando quatro deles. Ela se tornou assim a atriz com o maior número de estatuetas da história do cinema.

Em 2005, a atriz Cate Blanchett recebeu o Oscar por interpretar Hepburn no filme de Martin Scorsese "O Aviador".

Agora, no primeiro centenário de seu nascimento - que aconteceu no dia 12 de maio de 1907 -, é o momento de relembrá-la.

A cidade que viu a atriz crescer e onde ela morreu, Old Saybrook, em Connecticut, optou pela construção de um Centro Cultural e Artístico, além de um teatro que leva seu nome.

O projeto, que estará pronto em 2008, é avaliado em US$ 4,7 milhões. Sem saber, a própria atriz ajudará no orçamento com o leilão de cem objetos, dos quais muitos são de sua coleção pessoal.

Além de estrela, ela sempre foi seu melhor relações públicas e conservou seus objetos pessoais, prevendo o valor que poderiam ter para as gerações vindouras.

Esta atitude lhe rendeu o título de "arrogante" em várias oportunidades, mas Hepburn podia se dar o luxo de fazer isto, como afirmou o comentarista de cinema Robert Osborne.

Daí surgiu o US$ 1 milhão que a casa de leilões Sotheby's obteve na venda de vários objetos de Hepburn em 2004.

Objetos como seus próprios esboços e pinturas, um busto de Spencer Tracy - seu grande amor -, um broche que ganhou de presente de seu amante Howard Hughes e uma agenda telefônica com o número de Frank Sinatra.

Retalhos de uma vida que continua encantando, a julgar pelos livros publicados sobre ela, como "Kate: The Woman Who Was Hepburn", que destaca a determinação e a força de Hepburn e que será lançado agora, aproveitando a comemoração do centenário do nascimento da estrela.

Entretanto, a atriz também é lembrada por sua doçura, pelo menos no que se refere a seus brownies.

Na lista dos princípios pelos quais ela regia sua vida, Hepburn sempre ressaltou que "não se deve render nunca", "deve-se ser sempre a mesma pessoa" e "não se deve colocar muita farinha nos brownies".

Porém, a melhor fonte da memória de Hepburn são seus filmes.

A mulher que foi apelidada de "veneno de bilheteria" foi capaz de demonstrar o quanto seus críticos estavam equivocados com uma carreira com mais de 50 filmes e quatro Oscar por "Num Lago Dourado" (1981), "O Leão no Inverno" (1968), "Adivinhe Quem Vem Para Jantar" (1967) e "Manhã de Glória" (1933).

Cada pessoa tem seu preferido: o de Osborne é "A Mulher que Soube Amar" (1935), enquanto que para o último biógrafo da atriz, William J. Mann, os melhores são "Boêmio Encantador" (1938) e "Levada da Breca" (1938).

Além disso, entre seus papéis mais populares estão a rabugenta de "Uma Aventura na África" (1951) - junto com Humphrey Bogart -, a esposa bisbilhoteira de "Costela de Adão" (1949) - no qual contracenou com Tracy - e "Núpcias de Escândalo" (1940), com Cary Grant e James Stewart.

Seu diretor preferido, George Cukor, chamado de "o cineasta que amava as mulheres", estava preso a esta ruiva com sardas.

Ele mesmo disse ao público que abraçou esta personalidade única e se negou a dizer adeus - desprezando as críticas da escritora Dorothy Parker, que disse que Hepburn não tinha mais que um registro.




Fonte: EFE

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