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Politica Brasil
Sexta - 11 de Maio de 2007 às 07:18

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Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde estão inseridas no estudo de viabilidade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), contratada pelo Governo Federal, para terem ramais da Ferrovia Norte-Sul proporcionando escoar a soja mato-grossense pelo porto de Itaqui (MA). O estudo de viabilidade está pronto e alguns pontos foram debatidos hoje na audiência pública no Senado Federal. O próximo passo será fazer o projeto técnico e ambiental da obra. O montante a ser investido ainda não foi fechado. Seriam 900km de ferrovia do Nortão até Miracema (TO) onde a ferrovia já chegou.

Os prefeitos de Sinop, Nilson Leitão, de Sorriso, Dilceu Rossato, de Lucas do Rio Verde, Marino Franz, Feliz Natal, Manuel Sales, de Claudia, Altamir Kurten, além dos deputados José Domingos, Neri Geller e os senadores Jaime Campos, Serys Marli e Jonas Pinheiro defenderam que a ferrovia saia o quanto antes para gerar maior rentabilidade para os produtores e fortalecer a economia do Estado. Uma das ações políticas será inserir esta obra no PAC - Programa de Aceleração do Crescimento-.

A senadora Serys explicou que estudos apontam a viabilidade da ferrovia no Nortão que vai gerar economia de 50% no custo de transporte feito hoje por rodovias. O prefeito Nilson Leitão sugeriu que no traçado também seja implantado o eixo da ferrovia indo até Santarém (PA) e está mobilizando as lideranças para uma audiência pública em Sinop e fortalecer a luta pela ferrovia.

O prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato, disse que os terminais de carga e descarga sugeridos no estudo de viabilidade atenderão plenamente a necessidade de escoamento da região, cuja produção é de aproximadamente 12 milhões de toneladas/ano.

O prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz, disse que o projeto deve ficar pronto até o final do ano e que este projeto é para médio prazo. "Só que é fundamental. Será nossa salvação econômica", avaliou, ao Só Notícias.

O diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Alexandre Nogueira Rezende, disse que tem enfrentado resistência "dos que cultuam o rodoviarismo no Brasil" para executar o projeto que prevê a construção de três ramais da ferrovia Norte-Sul na região Centro-Oeste e em áreas adjacentes de Minas Gerais, Pará, Paraná, Bahia, Piauí e Maranhão.

Gregório Rabelo, diretor e autor do projeto, afirmou que é preciso mudar a mentalidade do rodoviarismo para o intermodal ferroviário, ou o Brasil estará condenado a transportar a produção "em caminhõezinhos de 20 anos em buracovias". Ele assinalou que o Brasil já poderia estar produzindo 300 milhões de toneladas de grãos ao ano, em vez das 120 milhões de toneladas atuais, caso os problemas de transporte já estivessem resolvidos.

O senador Jaime Campos assinalou que a falta de uma logística adequada não permite ao Mato Grosso manter uma produção competitiva e lucrativa. Ele disse que o agronegócio trabalha com produtos de baixo valor agregado e, por isso, o transporte tem um grande peso no custo final. "Estamos apostando no PAC, para que não seja apenas uma peça fictícia", disse.

O senador Jonas Pinheiro lembrou que Mato Grosso precisa de comunicação mais fácil com os mercados nacional e internacional, pois o produtor se encontra a mais de dois mil quilômetros de qualquer porto. Ele observou que o custo do transporte representa apenas 4% do custo final para o produtor de soja norte-americano, enquanto que para o produtor mato-grossense esse índice chega a 50% em algumas regiões do Estado.

Os deputados José Domingos Fraga Filho, Neri Geller, Welington Fagundes e os prefeitos de Feliz Natal, Manoel Sales, de Claudia, Altamir Kurten, também participaram da audiência, bem como vereadores de Sinop.





Fonte: Agência Senado

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