Jovens falam sobre emprego com Bento XVI

Cinco jovens de realidades sociais diferentes, que foram selecionados para falar com o papa Bento XVI durante o encontro com a juventude no estádio do Pacaembu, animaram o Pontífice e os 35 mil presentes na noite desta quinta-feira. Foram abordados cinco temas diferentes. No entanto, educação e emprego foram os pontos mais destacados nos discursos.

O jovem Rodrigo Rosa, estudante de engenharia da Universidade de São Paulo, foi escolhido para dar as boas-vindas ao Papa em nome da juventude. "Acreditamos que o amor é a única resposta possível. Queremos ser discípulos e missionários de Cristo", falou. Ao final do discurso, que foi marcado por muita emoção, Rodrigo quebrou o protocolo e abraçou Bento XVI.

Em seguida, uma jovem de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, leu em seu texto para o Papa que " os jovens desejam viver a vontade de Deus a cada momento".

A segunda jovem a discursar, Marina de Paulo Oliveira Rosa, 17 anos, representou a cidade de Santos, no litoral paulista. Ela falou sobre os milhões de jovens brasileiros que estão fora da escola, por precisar trabalhar. "Profissionalismo não é garantia de emprego. Os jovens sem trabalho estão sujeitos a serem vítimas da violência, sobretudo os jovens moradores de favelas", disse.

O terceiro a falar representou a pastoral de jovens brasileiros e falou em nome dos jovens desempregados. O quarto escolhido representou as pastorais carcerárias. "A Igreja vem pregando a boa nova aos jovens marginalizados", disse. "A Igreja pode ajudar na questão da recuperação da pessoa humana, porque tem muita iniciativa para ajudar na prevenção e na recuperação dos jovens infratores. Pedimos aos bispos que tenham especial atenção com os jovens encarcerados", disse.

O último jovem representou uma organização não-governamental que luta para que jovens pobres possam chegar ao ensino superior. Após o discurso dos cinco jovens, os temas foram refletidos durante a entoação de um hino. Antes, no fim das mensagens, os jovens foram ao encontro do Papa, que levantou da cadeira e os abençoou. Bento XVI acompanhou sorridente toda a homenagem, que ainda incluiu apresentações de dança e capoeira.