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Politica Brasil
Quinta - 10 de Maio de 2007 às 19:30

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro informou hoje que a juíza Sônia Maria Garcia Machado não julgou processo de 2000 no qual o policial civil Marcos Bretas era acusado de tentativa de homicídio. A PF trabalhava com a suspeita de que Sônia tivesse atuado em favor de Bretas no caso. Os dois aparecem em escutas telefônicas em 2006, feitas durante a Operação Furacão - que apura a venda de sentenças judiciais -, nas quais a juíza cobra valores do policial. Sônia admite conhecer Bretas, mas nega envolvimento com o esquema irregular.

O processo de 2000, de acordo com nota divulgada pelo TJ, foi julgado pelo juiz Alexandre Abrahão, que absolveu Bretas e os outros acusados em 28 de abril de 2003. Abrahão é o atual titular da 1ª Vara Criminal de Bangu, cargo que era ocupado por Sônia na época dos fatos. Hoje, ela está na Vara da Família de São Gonçalo. A advogada Léa Arrigui, uma das defensoras de Bretas no início do processo, afirmou que a juíza alegou impedimento, por já ter contato com o policial civil. "Ela disse que já o conhecia de Bangu, e não despachou sobre o caso".

Bretas e outros colegas de trabalho eram acusados de tentativa de homicídio contra o policial militar aposentado Cristiano Souza Gouveia. Segundo a denúncia, o crime teria sido motivado pela disputa de linhas de lotação. A decisão foi confirmada pelo TJ, com a concordância do Ministério Público.

Nas escutas da Furacão, ela aparece falando de dinheiro com o policial. "Eu quero ver se pinta alguma 'coisica' aí para eu completar os meus 10 mil faltantes", afirmou em um trecho da conversa. Depois do contato, Bretas procura uma pessoa chamada Francisco Joaquim, que seria advogado. "Ela está indócil", afirma o policial. Em ligação posterior, a juíza pergunta pelo "empréstimo sem devolução", e Bretas diz que ele foi autorizado.

Em nota divulgada pelo TJ, Sônia, que está de licença desde o dia 3, diz que nunca deu decisões a favor da liberação de máquinas caça-níqueis. O presidente do tribunal, José Murta Ribeiro, determinou abertura de procedimento administrativo para investigar a citação da juíza nas escutas da Furacão.





Fonte: G1

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