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Quinta - 10 de Maio de 2007 às 14:29

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Os telejornais do SBT geram burburinho independentemente do que exibem. Fofocas sobre Ratinho, Ana Paula Padrão e Cynthia Benini, por exemplo, costumam ter mais espaço na mídia do que seus trabalhos. Com bons índices de audiência e um novo formato, o programa "SBT Brasil" está conseguindo, afinal, chamar atenção para si e virar exceção da regra no SBT.

A reformulação do programa começou em fevereiro deste ano, quando Paulo Nicolau (ex-Globo e Record) virou diretor de jornalismo no lugar de Marcos Cripa (que havia substituído Luiz Gonzaga Mineiro e permaneceu no cargo por pouco tempo). Ana Paula Padrão foi investir em reportagens no "SBT Realidade" e, na bancada do jornal noturno, entraram Cynthia Benini e Carlos Nascimento --ele vindo da Band, ela do "jornal das pernas".

Após se fixar num horário (21h30) --raridade em se tratando de SBT-- o telejornal apostou num tom mais descontraído. Resultado: o "SBT Brasil", que em janeiro marcava 3,5 pontos, chegou a cravar 9 pontos em abril, colocando muitas vezes o SBT na vice-liderança. Ultimamente a média tem ficado entre 6 e 8, auxiliada às quartas e quintas-feiras pelo reality show "Ídolos".

Alguns expedientes utilizados pelo programa, como a participação ao vivo de telespectadores, por telefone, e informação da hora certa, causaram estranhamento. "Isso de falar o horário é coisa do Silvio [Santos]", diz Nicolau. Segundo o diretor, o programa ganha atenção porque segue uma linha oposta à de outros telejornais --"Jornal Nacional" à frente.

A parceria de Benini com Nascimento também rendeu comentários, alguns maldosos. Nascimento teria torcido o nariz ao saber que seria colega de trabalho de Cynthia. Sobre isso, Nicolau apazigua: "Pegam a Cynthia pelas pernas, mas ela não tem culpa de ser muito bonita. A maioria das mulheres queria ser lembrada pelas pernas, mas para ela é um problema".

Em entrevista à Folha Online, o diretor de jornalismo do SBT falou sobre telejornal noturno, Silvio Santos, Record, "Jornal da Massa" e outros assuntos. Confira:

Folha Online - Quais foram as mudanças implementadas no "SBT Brasil" com sua entrada?

Paulo Nicolau A mudança no SBT Brasil foi, principalmente, de formato. Era uma apresentadora, passaram a ser dois. A outra mudança são os comentaristas, que agora são quatro. Tem também a entrevista por telefone. A gente pega um tema, de preferência os mais diferentes possíveis. Perguntamos, por exemplo: "Você acha que a Igreja Católica é machista?".

São temas polêmicos. Antes, as pessoas ligavam para o SBT, deixavam um recado e depois a gente editava e colocava no ar. Agora, escolhemos um tema do dia e os telefonemas são ao vivo, dez ao todo. No final, tiramos um resultado.

Na última semana completamos 500 telefonemas ao vivo no ar. Isso quer dizer que 500 pessoas deram opinião, ao vivo, no horário nobre, na segunda maior rede de TV do país. É o maior espaço democrático, o único talvez, do telejornalismo brasileiro.





Fonte: Folha Online

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