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Meio Ambiente
Terça - 08 de Maio de 2007 às 21:06
Por: Rosana Persona

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A fim de traçar um plano para a área florestal, o Governo do Estado, através da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), a Universidade Federal do Estado de Mato Grosso (UFMT) e a Associação dos Reflorestadores (Arefloresta), estão lançando no final de maio um diagnóstico das florestas plantadas no Estado, com resultados de plantio em 95 municípios.

O pesquisador da Embrapa e PhD em genética florestal, Jarbas Shimizu, avalia que o diagnóstico já apresenta resultados, como a área plantada em 145 mil hectares, e a catalogação de 23 espécies florestais. As plantas mais cultivadas no Estado são o eucalipto, seringueira, teca e pinho cuiabano (paricá). “O diagnóstico vai oferecer uma visão global sobre a atividade florestal, potencial, qual espécie apresenta resultado positivo e em qual região”, esclarece Jarbas.

O levantamento das áreas com espécies florestais começou no ano de 2006, analisando registros de dados existentes sobre o plantio e também o trabalho de campo para conferir in loco dados quantitativos e qualitativos. Segundo o pesquisador, estão na fase final da tabulação dos dados. Ele antecipa que o plantio de eucalipto é o maior do Estado, com uma área plantada de 49,5 mil hectares, a seringueira vem logo em seguida, com 44,8 mil hectares, e a teca com 44,5 mil hectares.

Para execução desse trabalho a Sicme repassou recursos na ordem de R$ 170 mil e a Arefloresta executou a tarefa de coleta de dados em todo o Estado. O vice-presidente da Arefloresta, Haroldo Klein fala que existe no Estado 1 milhão de hectares de terras deixadas pelo plantio da soja que poderá ser cultivado com as diferentes espécies florestais.

Segundo ele, no local já existe toda uma infra-estrutura para abrigar novos plantios, estradas, áreas abertas e não havendo necessidade de desmatamento. “Queremos que a utilização desse diagnóstico seja para consulta pública e a cada dois anos faremos uma avaliação do diagnóstico para atualização dos dados”, esclarece Klein.

Alguns dados preliminares mostram que o município de Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá) é o que mais possui área plantada com 11,9 mil hectares de espécies florestais , em segundo lugar Paranatinga (373 km ao Sul) com uma área de 11,5 mil hectares e em terceiro Itiquira (357 km ao Sul) 10,4 mil hectares. “O diagnóstico é uma prestação de contas para o Estado de Mato Grosso “, lembra Haroldo.

O presidente da Empaer, Leôncio Pinheiro da Silva Filho analisa que a partir desses dados será possível elaborar programas específicos, estudando as potencialidades regionais para oferecer tecnologia para o agricultor familiar a fim de produzir conforme as recomendações técnicas. Ele adianta que com o resultado do diagnóstico será realizado um “workshop” para apresentar a toda sociedade a situação atual das florestas plantadas do Estado de Mato Grosso. O evento poderá acontecer no mês de julho.

Relatório seringueira

O diretor de pesquisa da Empaer, Antonimar Marinho dos Santos comenta que foi repassado para a Arefloresta dados oficiais sobre o cultivo da seringueira. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a área plantada de seringueira é de 44,8 mil hectares dos quais 27,9 mil hectares em produção, correspondendo uma produção média em 2006 de quase 25 mil toneladas de borracha seca.

Nesse levantamento, caracterizou as principais regiões produtoras como, por exemplo, o município de Itiquira com uma área plantada de 8,5 mil hectares, São José do Rio Claro (315 km a Médio Norte) com uma área de 3,7 mil hectares e Pontes e Lacerda (448 km a Oeste) com 3,2 mil hectares. São José já foi considerada a capital da borracha do Estado, com uma área plantada de 8 mil hectares. “O diagnóstico é um marco inicial para elaboração de um programa de florestas plantadas onde o governo vai incentivar o plantio, fomento e pesquisa”, conclui Marinho.





Fonte: Assessoria/Empaer-MT

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