China fecha mais de 3 mil fábricas poluidoras
Os principais alvos da campanha foram os casos de contaminação de recursos hídricos, de projetos que estavam sendo planejados sem estudos de impacto ambiental e a superlotação de parques industriais.
O departamento de Proteção ao Meio Ambiente (Sepa, em inglês, State Environment Protection Administration) juntamente com outras divisões ministeriais investigou a fundo 28 mil casos de desrespeito a leis ambientais.
Além das mais de 3 mil fábricas fechadas, 163 novos projetos foram suspensos por terem efeitos negativos sobre o meio ambiente. A soma dos investimentos destes projetos alcançaria um total de cerca de 96 bilhões de dólares (R$ 195 bilhões), segundo a agência de notícias Xinhua.
Entre as iniciativas canceladas estão a construção de usinas siderúrgicas e geradoras termoelétricas.
Contaminação
Somente no ano passado foram registrados 161 acidentes de vazamento e contaminação por poluição no país, segundo dados oficiais.
Além disso, das 20 cidades mais poluídas do mundo 16 estão na China, de acordo com o Banco Mundial.
Mas o governo tem dado sinais de que está alarmado com a situação.
Para pressionar as empresas a adotar uma postura mais verde, o Sepa divulgou em março uma "lista negra" das 6 mil instalações industriais que mais poluem.
Grandes empresas como a poderosa petroleira Sinopec, produtora de petróleo, foram denunciadas, apesar de seus fortes laços com o Partido Comunista.
Meta
A China tem uma meta ambiental ambiciosa. De acordo com o 11º plano qüinqüenal, o consumo de energia por unidade do Produto Interno Bruto deve ser reduzido ao final de cinco anos em 20% e as emissões de agentes poluentes devem cair em 10%.
Mas em 2006 não foi possível cumprir a parcela anual de racionalização. Era necessário diminuir o consumo de energia por unidade do PIB em 4% e cortar as emissões poluentes em 2%.
O país só conseguiu reduzir o consumo energético em 1,23% e as emissões poluentes na verdade cresceram em 1,2%.
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