Indiciamento de Malta traz preocupação a Serys
O esquema liderado por Darci e Luiz Trevisan Vedoin, pai e filho, donos da Planam, que funcionava em Cuiabá, consistia em destinar recursos de emendas parlamentares junto ao orçamento da União para compra superfaturada de ambulâncias. Já foram indiciados 33 ex-parlamentares por envolvimento na chamada máfia das sanguessugas. O escândalo estourou há um ano.
Além dos congressistas, a PF abriu inquéritos para investigar a eventual participação de 26 prefeitos com a quadrilha. As investigações são presididas pelo delegado Diógenes Curado. A previsão é conclui-los no próximo mês.
O senador Magno Malta (PR-ES) e os deputados federais Benedito de Lira (PP-AL), Eduardo Gomes (PSDB-GO), João Magalhães (PMDB-MG), Marcondes Gadelha (PSB-PB), Nélio Dias (PP-RN), Ribamar Alves (PSB-MA), Wellington Fagundes (PR-MT) e Wellington Roberto (PR-PB) são investigados sobretudo por formação de quadrilha e corrupção passiva, mas em alguns casos também por lavagem de dinheiro.
Os dois casos
Sobre Malta, ouvido na quinta (3) na sede da PF em Brasília, de onde saiu indiciado, pesa a acusação feita pela família Vedoin de que teria dado a ele um automóvel Fiat Ducato como propina para a apresentação de emendas, no valor de R$ 1 milhão.
Quanto à Serys, que acabou tendo sua campanha a governadora prejudicada no ano passado devido ao envolvimento do seu nome na máfia dos sanguessugas, a acusação feita por Luiz Vedoin era de que pagara R$ 35 mil de propina ao genro da senadora, Paulo Ribeiro, na expectativa de destinação de emendas. Serys não só negou envolvimento no esquema como, ao final do processo no Senado, ingressou com ação na Justiça contra Vedoin.
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