Operação de busca dos restos do avião da Kenya Airways com 114 pessoas a bordo

Operação de busca dos restos do avião da Kenya Airways com 114 pessoas a bordo As autoridades de Camarões suspenderam neste sábado as operações de busca do avião da Kenya Airways com 114 pessoas a bordo, que caiu na madrugada deste sábado em Camarões, anunciou uma autoridade da aviação civil queniana. A operação será retomada apenas no domingo de manhã. Durante todo o sábado, vários helicópteros e aviões da avião civil de Camarões sobrevoaram uma grande área coberta por árvores entre a cidade de Duala, de onde o avião decolou, e a capital, Yaunde. A polícia local também foi mobilizada sem resultado.

O pedido de socorro do avião, captado na noite de sexta-feira, indica que a provável zona do acidente fica no sudoeste de Camarões, mas o lugar exato não pôde ser precisado, disse à AFP uma fonte próxima da Agência para a Segurança e a Navegação Aérea na África.

Segundo várias fontes, o Boeing 737, que transportava 114 pessoas, caiu logo depois de decolar do aeroporto de Duala, às 23H07 GMT (20H07 no horário de Brasília), momento em que uma violenta tempestade atingia a área.

A companhia informou em uma entrevista coletiva que no avião viajavam 105 passageiros e nove tripulantes, um passageiro a menos que em sua primeira informação.

Dos passageiros, 79 são africanos, 15 indianos, cinco chineses, outros cinco britânicos, um sueco, um suíço, dois americanos e outros seis de nacionalidades ainda desconhecidas.

A Kenya Airways anunciou que os controladores aéreos perderam contato com o vôo KQ 507 pouco depois de sua decolagem, este sábado, às 00h05 locais (20h05 de Brasília de sexta-feira). O avião deveria ter aterrissado às 06h15 (00h15 de Brasília) deste sábado em Nairóbi.

"A última mensagem da aeronave foi recebida pela torre de controle imediatamente após a decolagem. Depois, a torre perdeu contato com o avião. Até agora, ninguém conseguiu restabelecer contato", explicou após o desaparecimento da aeronave Titus Naikuni, um alto funcionário da Kenya Airways.

Naikuni afirmou que o avião era novo e "estava com a manutenção em dia". Os pilotos também estavam bem treinados", acrescentou.

A Kenya Airways acionou um gabinete de crise em Embakassi, sede da companhia, próximo ao aeroporto internacional de Nairóbi, e um centro de apoio às famílias dos passageiros em um grande hotel da capital queniana.

No aeroporto de Nairóbi, as pessoas que aguardavam a chegada do avião foram levadas para uma sala inacessível à imprensa.

Uma das pessoas que aguardavam um passageiro conseguiu sair e declarou: "Pediram que nos sentássemos e esperássemos. Há cerca de 10 a 15 pessoas. Muita gente chora e pergunta o que está acontecendo".

Outros parentes dos passageiros do avião preferiram se transferir para o centro instalado no hotel de Nairóbi.

"Não nos dizem nada. Não sei se minha filha tinha que voar de volta hoje ou amanhã", declarou em lágrimas a mãe à espera de notícias sobre o paradeiro de sua filha.

O último acidente com um avião da Kenya Airways ocorreu em janeiro de 2000, quando um Airbus caiu no mar após ter decolado do aeroporto de Abidjan. Nesta tragédia morreram 169 pessoas e houve 10 sobreviventes.