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Politica Brasil
Sábado - 05 de Maio de 2007 às 07:50

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O ex-senador Antero Paes de Barros voltará ao Congresso, três meses após deixar o cargo, para atuar como assessor do PSDB nas investigações sobre o caos aéreo e a corrupção na Infraero. Derrotado ao governo de Mato Grosso nas urnas do ano passado, Antero, formado em Direito, foi chamado de volta a Brasília pelo presidente nacional da legenda tucana, senador Tasso Jereissati (CE), que está preocupado em garantir uma atuação técnica dos tucanos na CPI.

Apontado como um franco atirador do PSDB, sempre implacável nas críticas ao governo e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Antero já definiu sua tática na missão de desvendar a crise no setor aéreo. Ele já presidiu a CPI do Banestado e tem experiência como titular do PSDB em outras quatro comissões de inquérito: Bingos, Futebol, Roubo de Cargas e ONGs.

O ex-parlamentar mato-grossense pretende reunir boa parte dos assessores com quem trabalhou no inquérito do Banestado entre 2003 e 2004, para apurar a remessa ilegal de cerca de US$ 30 bilhões ao exterior. São técnicos competentes especialistas na análise e cruzamento de dados bancários, por exemplo.

Os tucanos querem que Antero atue no bastidor, municiando o PSDB na investigação das condições de trabalho dos controladores de vôo; das razões dos repetidos atrasos nos aeroportos, da compra da Varig pela Gol e das denúncias de superfaturamento em contratos e obras da Infraero.

A preocupação do PSDB é evitar que a CPI do Apagão repita o fracasso das anteriores, como do Mensalão, que mal conseguiu funcionar e terminou sem ter sequer um relatório aprovado. No caso do Banestado, por exemplo, o próprio Antero denunciou o rolo compressor do governo. Segundo ele, o PT e seus aliados "não deixaram votar o meu relatório final, que incriminava as autoridades do governo que mandaram dinheiro ilegalmente para o exterior".

A oposição será composta por dois titulares tucanos - Sérgio Guerra (PE) e Mário Couto (PA) -, e outros dois democratas, Antônio Carlos Magalhães (BA), José Agripino (RN) e Demóstenes Torres (GO). A idéia é que Sérgio Guerra atue em parceria com o deputado Gustavo Fruet (PR), indicado para compor a CPI na Câmara ao lado dos deputados Vanderlei Macris (SP) e Mendes Thame (SP). (Com Agência Estado)





Fonte: RD News

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