Sanguessugas: parlamentares acham demora normal
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) diz que acredita no trabalho dos órgãos e que uma resposta ainda será dada. "Eu continuo colocando crédito de confiança nos órgãos. Enquanto não houver conclusão é porque continuam apurando", disse.
A opinião é a mesma do senador Sibá Machado (PT-AC). Para ele, um trabalho como este, "tão complexo, realmente demanda muito tempo". Eles argumentam ainda que, apesar de a maioria dos parlamentares não ter sido punida no Congresso, a CPI dos Sanguessugas e o Conselho de Ética das duas Casas fizeram o seu papel.
Em 4 de maio de 2006, a Polícia Federal deflagrou a Operação Sanguessuga para desarticular um esquema de fraudes em licitações na área de saúde. As acusações eram de que a quadrilha negociava com parlamentares a liberação de emendas individuais ao Orçamento da União para que fossem destinadas a municípios específicos.
No total, 33 ex-parlamentares foram indiciados pela Polícia Federal. Outros nove investigados estão em atividade. São eles, o senador Magno Malta (PR-ES) e os deputados Benedito de Lira (PP-AL), Eduardo Gomes (PSDB-GO), João Magalhães (PMDB-MG), Marcondes Gadelha (PSB-PB), Nélio Dias (PP-RN), Ribamar Alves (PSB-MA), Wellington Fagundes (PR-MT) e Wellington Roberto (PR-PB). Dias, Ribamar Alves, Benedito de Lira e Eduardo Gomes tiveram os processos arquivados na CPI por falta de provas.
Os nomes dos demais foram encaminhados para o Conselho de Ética das respectivas casas. Todos foram absolvidos. João Magalhães, no entanto, nem chegou a ser julgado, por conta do término da legislatura. No ano passado, após a operação da PF, o Congresso criou a CPI, que investigou um total de 90 parlamentares (87 deputados e 3 senadores) e pediu a cassação de 67 deputados e 3 senadores.
No senado, Malta e Serys Slhessarenko (PT-MT) continuam em atividade. Já na Câmara, apenas cinco se reelegeram: Pedro Henry (PP-MT), Wellington Fagundes (PL-MT), Wellington Roberto (PL-PB), Marcondes Gadelha (PSB-PB) e João Magalhães (PMDB-MG).
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