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Politica Brasil
Sexta - 04 de Maio de 2007 às 07:39
Por: Marcos Lemos

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Mais do que um problema político na apreciação das mensagens da Polícia Militar, o relacionamento do governo Blairo Maggi (PR) com o Partido Progressista (PP), detentor de uma das maiores bancadas na Assembléia Legislativa, com quatro deputados e que vota coesa, ou seja, sem dissidência, está por um fio para deixar de existir. Na última reunião da cúpula do partido, um dia antes da viagem de Maggi para os Estados Unidos, os progressistas unidos decidiram entregar todos os cargos que a agremiação detém no staff governamental, a sua grande maioria de cargos de segundo e terceiro escalão. Apenas o ex-deputado e presidente do partido, Chico Daltro, ocupa a Secretaria de Ciência e Tecnologia, cargo de primeiro escalão.

O distanciamento dos progressistas do governo já vem desde o ano passado e foi maior no início deste ano com a posse dos novos deputados estaduais que não pouparam críticas a forma de gestão com que Blairo Maggi se relaciona com a classe política e principalmente porque o partido não tem receptividade dentro do Executivo.

A crise aflorou por causa das mensagens que tratam do reajuste dos Oficiais da PM deixando os praças e soldados de fora. A decisão do governador de retirar as mensagens e determinar a votação sem nenhuma emenda, e que os insurgentes fossem patrolados, provocou mais desgaste e distanciamento, a ponto do deputado José Riva, primeiro-secretário e mentor do PP disparar que as mensagens não passam sem emendas e que se as mesmas forem vetadas os deputados derrubam os vetos.

Em entrevista a programa de televisão, José Riva, cobrou o discurso do então candidato Blairo Maggi, de que haveria tratamento igualitário entre praças, soldados e oficiais, fazendo apologia de que na campanha vale tudo, na gestão não. Riva evita o confronto público e diz estar pronto para o diálogo e para convencer o governador do Estado de que é possível conceder o mesmo reajuste para toda a Polícia Militar. A última proposta apresentada foi de que se aprovasse o aumento, mas o mesmo só seria incorporado nos salários dos oficiais neste ano e no dos praças e soldados no início do próximo ano.





Fonte: Gazeta Digital

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