Magistrados lançam campanha 'reforma política' em Mato Grosso
O principal objetivo, idealizada pela AMB, é mostrar ao cidadão quais as principais propostas da reforma. Poucos sabem, por exemplo, o que é fidelidade partidária, voto distrital ou financiamento público de campanha. Para esclarecer cada uma das mudanças em debate, a AMB desenvolveu uma cartilha, baseada no trabalho realizado pela cientista política Ana Luiza Backes e pela advogada Miriam Campelo de Melo Amorim, consultoras da Câmara dos Deputados.
Para o presidente da Amam, a campanha visa um debate proativo num dos assuntos mais importantes da agenda política e social brasileira. “O objetivo é popularizar os principais pontos da reforma que está sendo discutida no Congresso Nacional, levar esse debate para a comunidade e organizar eventos que permitam um amplo debate para o fortalecimento da democracia”, avalia.
A ação foi lançada nacionalmente no dia 28 de fevereiro, em Brasília (DF). “A Reforma Política é indispensável para o amadurecimento da democracia. E a informação é fundamental para que toda a sociedade esteja engajada em torno deste projeto”, justifica Rodrigo Collaço, presidente da AMB.
Com a campanha 'operação eleições limpas', lançada em 2006, a AMB percorreu o Brasil inteiro e constatou que quase todos os juízes e cidadãos eram favoráveis à uma reforma política, mas não sabiam o que é a reforma. A Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, por meio de um termo de cooperação técnica entre a AMB está distribuindo a cartilha produzida em escolas e entidades de classe de todo o país.
Em Mato Grosso, a Amam distribuirá cinco mil exemplares da cartilha para parlamentares, sindicatos e estudantes. Será distribuída gratuitamente. Para a jornalista e cientista política Lucia Hippolito, a cartilha tem dois méritos: é didática e explica claramente as vantagens e desvantagens de alguns pontos da proposta. “E escapa da armadilha de tentar propor uma reforma política, ofício que é dos políticos”, avalia.
Para disseminar o projeto, a AMB conta com a mobilização dos seus 14 mil juízes associados, convidados a levar a campanha à sua região de atuação. Além dos magistrados, entidades da sociedade civil também podem participar do projeto, promovendo debates em torno do material produzido pela associação.
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